O prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, lamentou que a aplicação retal de ozônio para tratar a Covid-19 tenha virado “escárnio e zombaria” e defendeu a participação do município em um estudo científico sobre essa alternativa. Em novo vídeo publicado em uma rede social na noite desta terça-feira (4), Morastoni lembrou que o município já registra 100 mortes pela doença e que “toda iniciativa é válida”.

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Assista ao vídeo:

> Itajaí deve desistir de distribuir ozônio para tratar coronavírus, recomenda MP

No post, o prefeito escreveu:

Vi a grande repercussão que teve a live do município onde falei sobre a ozonioterapia. Mas quero deixar claro que o assunto é sério. Vivemos um momento grave para a saúde pública. Estamos em meio à maior pandemia da história da humanidade, lutando contra um vírus diferente de tudo que conhecemos. Um vírus que já vitimou mais de 100 itajaienses. Como prefeito, e como médico, tenho o dever de buscar novas abordagens, novas soluções para vencer essa guerra contra o coronavírus. E a ozonioterapia tem mostrado bons resultados em vários países, como Itália e Espanha. Entendo que há falta de informação sobre o assunto, e que é preciso esclarecer melhor a população. É isso que busco fazer neste vídeo.

No vídeo, gravado em sua casa, o prefeito disse que a prefeitura de Itajaí aderiu a um protoclo de pesquisa científica “já aprovado pelo Cons Nacional de Ética em Pesquisa do Ministério da Saúde”. 

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— Os pacientes poderão participar desse estudo de forma voluntária, desde que preencham os quesitos e assinem o termo de consntimento da pesquisa. Como não há uma terapia definitiva, todas as inicativas baseadas em estudos científicos são importantes para auxiliar na busca pelo tratamento. Infelizmente, todo esse esforço em dar mais uma opção de tratamento à população vem sendo mostrado como escárnio e zombaria. Preocupado apenas em salvar vidas, em proteger a saúda das pessoas, não imaginei que oferecer esse novo tratamento fosse criar uma repercussão tão grande, tantas piadas, memes e manchetes sensacionalistas — defendeu.

A cidade distribui desde o início de julho a ivermectina, medicamento alvo de debate entre profissionais da saúde, mas que não tem eficácia comprovada para prevenir a Covid-19. No município, já são 3855 casos e 105 mortes relacionadas à pandemia, segundo o boletim desta terça-feira (4) do governo do Estado.