Quatro detentos foram indiciados pela participação na morte do preso Jocimar Fernandes de Paula, de 40 anos, morto na última segunda-feira no Presídio da Canhanduba, em Itajaí. A Polícia Civil ouviu testemunhas e contou com imagens das câmeras de monitoramento do presídio para chegar até os suspeitos.

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Na segunda-feira, ele foi encontrado na cela já sem vida, com lençóis amarrados no pescoço, simulando um suicídio. A polícia apurou que o preso foi assassinado pelos colegas de cela. O motivo seria uma briga, ocorrida um dia antes na unidade.

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– No domingo, dois outros presos foram torturados – diz o delegado Alan Pinheiro de Paula, da Divisão de Investigações Criminais de Itajaí (DIC).

Jocimar não estava envolvido na briga, mas a polícia acredita que ele tenha sido morto porque era amigo de um dos presos agredidos. Segundo o delegado, o que determinou o indiciamento dos quatro detentos foram imagens das câmeras de segurança do presídio, que revelaram a briga, e o laudo da necropsia:

– Os exames indicaram que Jocimar foi estrangulado e o corpo foi suspenso posteriormente, numa tentativa de dissimular um suicídio.

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As acusações contra os quatro detentos são de homicídio triplamente qualificado – por motivo fútil, morte por asfixia e sem chances de defesa para a vítima. Eles também responderão por motim, formação de quadrilha e crime de tortura.

Um dos indiciados foi transferido para o Presídio de Balneário Camboriú. Os outros três continuam no Presídio da Canhanduba, mas foram separados. A administração da unidade aguarda o desenrolar do caso para decidir se pede ou não que eles também sejam transferidos.

Segundo a polícia, nenhum dos detentos assumiu a responsabilidade pela morte de Jocimar.