Dezoito pinguins-de-Magalhães retornaram à natureza na manhã desta sexta-feira (9), em Florianópolis, após passarem por reabilitação. As aves foram devolvidas ao habitat natural na Praia do Moçambique e fazem parte do terceiro grupo que recebeu tratamento e foi solto pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) neste ano.
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Ao todo, 49 aves da espécie Spheniscus magellanicus foram reabilitadas com sucesso em Santa Catarina em 2022, segundo o projeto que executa os resgates nas praias catarinenses e realiza a reabilitação e soltura.
Do último grupo que retornou à natureza, quatro aves foram resgatadas na região de Laguna antes de serem encaminhadas para reabilitação em Florianópolis. Um animal foi encontrado na região de Penha e quatro foram resgatados em São Francisco do Sul. Nove foram resgatados nas praias da Ilha de Santa Catarina.
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De acordo com a responsável técnica do PMP-BS/Florianópolis, Marzia Antonelli, o mês de outubro foi atípico comparado com os anos anteriores. Nesse período, as aves já deveriam estar voltando para suas colônias, mas houve grande número de ocorrências de pinguins em Florianópolis.
— No geral, observamos que chegaram com as características comuns dos pinguins em sua primeira migração: indivíduos juvenis, com caquexia, anemia, hipoproteinemia (níveis baixos de proteína no sangue). A maioria atendida apresentava grau moderado de parasitismo (tanto em sistema digestivo como no sistema respiratório) — explica Marzia.
A especialista também afirmou que vários animais apresentavam sinais sugestivos de interação com petrechos de pesca.
— Os pinguins tinham cortes profundos e lesões que foram tratadas e outros apresentaram infecções em sistema respiratório — complementa Marzia.
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Migração anual
Em meados do outono no hemisfério Sul, os pinguins-de-Magalhães saem de suas colônias reprodutivas, principalmente na Patagônia Argentina, e rumam ao Norte, seguindo cardumes de peixes e as correntes de água fria. A migração acontece todos os anos.
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A maioria dos pinguins que aparecem nas praias de Santa Catarina está em sua primeira migração, é inexperiente, pode ter dificuldade em se alimentar e encalha nas praias debilitados. Muitos deles morrem, de acordo com o projeto de monitoramento. Outros acabam capturados sem querer por redes de pesca e também morrem.