Passageiros precisaram enfrentar dúvidas e ter paciência durante o caso de uma suposta bomba dentro de uma mala em um avião que pousou em Joinville na noite de quarta-feira (24). O tempo de espera chegou a cinco horas, com poucas informações e ansiedade para ir para casa.
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Uma das passageiras era Maria Freitas Silva, 52 anos. Ela saiu de Fortaleza (CE), às 20h20min de quarta com duas netas, de 4 e 8 anos, além da filha, que está grávida. O grupo chegou a Joinville por volta das 22h30min, porém, com ocorrência, a família ficou no aeroporto até as 3h30 desta quinta (25).
De acordo com Maria, após todos precisarem esperar cerca de 40 minutos dentro do avião, foram informados sobre a suspeita de uma bomba. Depois, foram conduzidos apenas com documentos e celulares para outra área. Durante a espera, Maria conta que tinha necessidades de trocar a fralda de uma das netas, além de todos sentirem fome.
Apesar da presença de funcionários da empresa, uma das principais reclamações era a falta da presença da Polícia Federal (PF) para explicar a situação, que só apareceu após um princípio de confusão.
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— Uma pessoa se alterou, chutou a porta, disse que ia quebrar tudo se ninguém desse informações — conta.
A passageira lembra que as pessoas não ficaram com medo da possibilidade de bomba no local. Em vez disso, questionaram a situação.
— Todas as bagagens passaram por raio-x. Trouxe um mel de caju e o raio-x apitou, imagina uma bomba — cita Maria, em tom de ironia.
A situação foi negativa também para Marcelo Watanabe, genro de Maria, que foi buscá-la no aeroporto e aguardava os familiares no estacionamento.
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— Nem mesmo quem estava na área de espera pôde entrar ou sair. Todas as portas do aeroporto de Joinville ficaram bloqueadas — lamenta.
Suspeita de bomba
Uma suposta bomba que estaria dentro de uma mala em um avião que pousou em Joinville causou transtornos no aeroporto e mobilizou a Polícia Federal (PF) na noite de quarta. O voo veio de Campinas (SP) e a suspeita de explosivo foi refutada após inspeção.
Segundo a PF, tudo começou quando uma atendente de companhia aérea relatou que um passageiro, que aguardava a chegada de bagagem extraviada, teria comentado que conteria uma bomba prestes a explodir junto a seus pertences.
De imediato, então, os agentes tomaram todas as medidas de segurança necessárias e inspecionaram a mala, não encontrando qualquer artefato explosivo. O viajante, de 43 anos, foi identificado e levado à delegacia para prestar esclarecimentos. Em depoimento, no entanto, negou o comentário e foi liberado.
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Ainda conforme a PF, caso seja comprovada a denúncia da atendente, o homem poderá responder pelo crime de exposição ao risco a aviação civil e até ser enquadrado pela Lei Antiterrorismo.
Por nota, a Azul Linhas aéreas, responsável pela aeronave, não citou a necessidade de pouso emergencial e ressaltou que, após procedimento feito por oficiais, o avião foi liberado para seguir o roteiro previsto. A companhia ainda ressaltou que averiguações como essa são necessárias para conferir a segurança das operações dos aviões, “valor prioritário para a companhia”.
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