Na urgência dos últimos dias do ano, os discursos de felicitações nas redes sociais, nos e-mails corporativos e até durante os frequentes abraços vão ficando muito parecidos. Prosperidade e felicidade são palavras que por tradição ganham peso, sozinhas ou no meio de um texto com a linguagem mais bem tratada do que de costume.
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Desejos de Ano-Novo são recitados em palavras solenes, com a máxima polidez, mesmo diante da maior (ou da menor) sinceridade de quem deseja. Por vezes, aceitar o bem contido num desejo amigo fica bem mais fácil quando a mensagem chega com a desconcertante objetividade das crianças.
Assista ao vídeo com o depoimento das crianças:
– Em 2014, eu queria me comportar mais, ir às aulas e obedecer meus pais – desejou a comportada Aline Botelho, de 7 anos, enquanto dividia com a mãe um guarda-sol na areia da Praia dos Ingleses, em Florianópolis.
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Em outras palavras, uma declaração de amor à família numa destas tardes quentes e alegres de férias, antes da troca de ano. Num tom de reflexão incomum, ela ainda “queria que a vida ficasse melhor”.
Nos últimos dias de 2013, o DC ouviu crianças que brincavam na orla sobre o que elas desejam para 2014. As respostas oscilaram entre o afeto familiar e o que não foi contemplado na lista de presentes do Natal:
– Queria uma motinho e outra bicicleta – disse Nicolas, 7, alertando o papai noel com bastante antecedência.
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Mas, em geral, os pequenos dizem coisas que mostram o quanto entendem do que para eles faz mais sentido:
– Vou ficar com a minha família. E todo dia ir à praia – pretendia Giulia Ribas, 7, com muita pressa, enquanto corria para mergulhar no mar.
Riam ou duvidem os pais, mas, entre uma mordida no milho verde e um mergulho geladinho, criança entende o que quer da vida. Com energia explosiva (mais que fogos de artifício) e desejos bem simples, elas ajudam a recarregar a humanidade para mais 365 dias.
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