Um resgate com resquícios de crueldade surpreendeu o biólogo Christian Raboch de Jaraguá do Sul, cidade do Norte de Santa Catarina. Um sapo-cururu com a boca colada foi encontrado por uma moradora, que levou o animal até a Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama).

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— Eu trabalho com resgate de fauna há 8 anos e nunca presenciei algo parecido — afirma o biólogo. 

O especialista explica que, por conta da quantidade de atendimentos que a Fujama atende ao longo do dia, raramente os biólogos são mobilizados para resgatar anfíbios e aracnídeos. Porém, este caso foi diferente. “Crueldade”, comentou nas redes sociais.

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— Uma senhora levou uma caixa de papelão e dentro tinha um sapo-cururu macho. Para a surpresa dela, e mais ainda a nossa, esse animal estava com a boca colada — explica o biólogo. 

Conforme Christian, caso o animal não tivesse sido resgatado, provavelmente morreria de fome, porque não conseguiria se alimentar.

O animal foi levado até o veterinário que utilizou água morna, óleo mineral e haste flexível de algodão para conseguir remover a cola e abrir a boca do sapo.

— Tadinho, a mucosa da boca toda vermelha por conta da cola utilizada. Fora todo o sofrimento do bicho, ter fome e não conseguir se alimentar — comentou Christian. 

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Após a cola ser removida, sapo foi medicado e depois da recuperação, solto na natureza.

Fujama trabalha com resgate e monitoramento

Além dos trabalhos de resgate de fauna, a Fujama possui um Programa de Monitoramento que utiliza armadilhas fotográficas fixadas em pontos estratégicos das matas para que os biólogos possam observar e catalogar os espécimes que ali habitam.

O trabalho, iniciado em 2015, já passou por diversas etapas, como aquisição de novos equipamentos e aumento na área de abrangência deste monitoramento.

Durante este tempo, as armadilhas fotográficas flagraram espécies como quatis, tamanduá-mirim, cervo, gato-do-mato pequeno, gato-maracajá, jaguatirica e até mesmo um puma. Isto sem contar pássaros, répteis, entre outros habitantes da natureza local.

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