O vídeo de uma câmera de segurança instalada em uma rodovia de Tangará, no Meio-Oeste de Santa Catarina, mostra os últimos momentos com vida da família morreu em um trágico acidente. De acordo com o delegado Giovani Angelo Dametto, o flagra é de cerca de dois minutos antes do carro cair no rio.
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Os corpos foram encontrados na manhã de terça-feira (28). No banco da frente estava o casal Icildo Gean da Silva, de 34 anos, e Ana Paula Rodrigues da Silva, de 25. Os irmãos de Ana Paula, de 12 e 3 anos, também ocupavam o veículo e estavam no banco de trás.
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As imagens foram registradas na quinta-feira (23), mesmo dia em que os quatro desapareceram. No vídeo, é possível ver que a via estava escura e chovia no momento. Segundo o responsável pelas investigações, do local em que estava a câmera até onde os corpos foram encontrados é uma distância de apenas 2 quilômetros.
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— A imagem mostra eles passando às 18h12min e, em minutos, o rastreador do veículo para de funcionar, assim como os telefones das vítimas param de dar sinal. Aguardamos o laudo pericial para entender exatamente a dinâmica, mas foi acidente — relata o delegado.
Cinco dias após o desaparecimento, com a investigação policial já em andamento, estilhaços de vidro e um tênis infantil levaram à localização das vítimas. De acordo com Dametto, uma moradora que havia saído para caminhar encontrou os vestígios e acionou a polícia, que achou os corpos dentro do rio após buscas.
Legistas apontam que a causa das mortes foi afogamento.
Assista ao vídeo
Única hipótese é de acidente
Mesmo sem indícios que indiquem que houve um acidente, a polícia trabalha apenas com esta hipótese. Isso porque, segundo o delegado, familiares relataram que Icildo, que conduzia o Chevrolet Prisma, não conhecia bem a estrada e a visão pode ter sido dificultada pelo escuro e pelas chuvas.
De acordo com a polícia, o carro saiu da pista próximo de uma ponte desativada na cidade. Há cerca de um ano, uma nova estrutura foi construída a poucos metros à frente e o veículo teria capotado perto da ponte antiga, descido o barranco de pedra e entrado na água, já com as rodas para cima. Depois disso, teria sido arrastado pela correnteza, que levou o automóvel até a nova estrutura, onde ficou submerso.
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O delegado ainda cita que a estrada estava em obras e havia sido recentemente asfaltada.
Além disso, como o carro era alugado, havia um rastreador que mostrou que em nenhum momento o motorista trafegou acima da velocidade. De Videira, de onde saíram, até Tangará, local do acidente, foram 23 quilômetros percorridos em uma média de 63 Km/h, sendo que a via permite até 100 Km/h.
— A maneira que aconteceu, mesmo que a pessoa quisesse entrar na água da forma que o carro entrou, não iria conseguir — pontua o delegado, reforçando a hipótese de acidente.
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