Um vídeo gravado pelo biólogo Christian Raboch, que atua na Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama), mostra o momento em que ele é picado por uma cobra enquanto fazia a soltura do animal.
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As imagens mostram a cobra mordendo seu dedo anelar da mão esquerda.”Olha aí, ó, tomando uma grampeadinha”, brinca Raboch.
Apesar da abocanhada ter resultado em um sangramento, o biólogo tranquilizou os seguidores de seu Instagram afirmando que a serpente trata-se de uma cobra cipó e, por isso, não tem peçonha.
O animal havia sido resgatado na manhã de terça-feira dentro do banheiro da Escola Municipal Ricieri Marcatto, no bairro Rio Cerro I e, após dar uma “grampeada” no biólogo, foi devolvida à natureza. Raboch reforçou que, mesmo a cobra não sendo venenosa, é necessário que o local da picada seja higienizado.
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“Como é um ser rastejante, ela se alimenta de outros animais, então tem inúmeras bactérias na boca. Quando acontece isso aqui [uma mordida], o negócio é passar um álcool, porque se tiver alguma bactéria, vai limpar o local da mordida”, explicou.
Em sua conta na rede social, o biólogo retrata sua rotina de resgates de animais silvestres em Jaraguá do Sul. E este não foi o primeiro perrengue enfrentando pelo profissional que viralizou na internet.
Em setembro do ano passado, Raboch resgatou um lagarto de dentro do motor de um carro da prefeitura do município. Quando foi soltar o bicho, precisou fugir já que o lagarto começou a persegui-lo. As cenas foram filmadas por funcionários do município, que acompanhavam a soltura. Veja:
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Já em dezembro, a Fujama fez o resgate de uma jararacuçu de um quilo na área urbana da cidade. A serpente é venenosa e é a maior de Santa Catarina. A espécie pode chegar a até 1,8 metro e pesar de 3 a 4 quilos.
O que fazer em caso de picada de cobra com peçonha?
– Caso seja picado por uma cobra, não se deve amarrar o local. Segundo o biólogo Christian Lempek, o torniquete pode aumentar o risco de necrosar o local e resultar até em amputação;
– Não se deve cortar o local, fazer perfurações ou sucção;
– O local da picada deve ser lavado com água e sabão;
– A vítima deve ser levada o mais rápido possível ao hospital;
– É importante tentar identificar a serpente (pode ser por foto, se possível), pois isso facilitará a escolha do soro antiofídico a ser aplicado.
Onde ligar
– Entre em contato com os Bombeiros (193) ou com a Polícia Ambiental da sua cidade (190);
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– Em caso de acidente com serpente, entre em contato com o Samu (192), os Bombeiros (193) ou se dirija ao hospital público mais próximo;
– Em caso de dúvidas ou orientações sobre procedimentos de primeiros socorros, ligue para o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), pelo telefone: 0800 643 5252.
– Moradores de Jaraguá do Sul podem ter atendimento na Fujama pelo telefone (47) 3273-8008, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h.
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