Bruna de Luca, moradora do Centro de Florianópolis, é uma das brasileiras presas em Israel que aguardam o resgate da Força Aérea Brasileira (FAB) para conseguir retornar ao Brasil. A mulher, de 37 anos, estava no país a turismo quando os conflitos começaram na região.
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De acordo com Bruna, ainda não há previsão para o seu retorno ao Brasil. A personal trainer enviou os seus dados e aguarda o contato da FAB para embarcar em um dos aviões enviados para resgatar os brasileiros que estão no meio do conflito.
A catarinense, que está em Telavive, em Israel, há 25 dias, está há um ano viajando pelo sudeste asiático. De acordo com ela, desde o início dos ataques, no último sábado (6), vive dias aterrorizantes e que oscilam entre o “desespero”, quanto tocam as sirenes, e a “calma”, de quando não escuta nenhuma explosão.
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— É aterrorizante. O apavoro começou no sábado. Teve muitas explosões aqui perto, toca a sirene e a gente tem que ir para a escada para se proteger — diz Bruna que está em um hostel junto com outros hóspedes.

— Domingo e segunda foram uns dias um pouco mais calmos. Não teve sirene, mas teve bombas mais afastadas que a gente conseguia ouvir. Hoje (terça-feira), na parte da manhã, também ouvimos bombas mais longe
Bruna explica que ela e outros hóspedes conseguem monitorar os ataques e lançamento de bombas através de um aplicativo.
Catarinense conhecia o brasileiro morto em Israel
A personal trainer também conhecia Ranani Nidejelski Glazer, brasileiro que desapareceu em Israel no ataque do grupo terrorista Hamas, foi encontrado morto, segundo o Itamaraty.
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— Ele é primo de um amigo meu que mora na Austrália. O meu amigo viu no meu Instagram que estava em Telavive e me falou, no sábado, que o primo tinha desaparecido. Ele me mandou a foto e hoje ele me escreveu dizendo que encontraram ele morto. Muito triste. Ranini morava aqui em Israel há 7 anos, a mãe dele mora em Florianópolis. O pai é israelense e mora em Israel.
VÍDEO: Catarinenses relatam drama em meio à guerra entre Israel e Hamas
O conflito na região começou no último sábado (7). Homens armados do Hamas invadiram Israel e atacaram diversas cidades. A rave onde Ranani estava foi um dos primeiros alvos dos terroristas que entraram por terra e deixaram 260 mortos no local, no distrito sul de Israel, a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza.
Ranani nasceu em Porto Alegre e tinha 24 anos. Ele prestou serviço militar em Israel, vivia em Telavive com amigos e trabalhava como entregador.
O que está acontecendo em Israel
No sábado (7), dia de um feriado judaico, o Hamas promoveu um ataque surpresa a partir da Faixa de Gaza, um estreito território palestino localizado entre o Sul de Israel, o Mar Mediterrâneo e o Egito.
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Pelo lado israelense, aos menos 900 pessoas morreram pelos ataques mobilizados pelo Hamas por terra, ar e mar. Em resposta, Israel promoveu bombardeios aéreos na Faixa de Gaza que mataram ao menos 600 pessoas. Os números de vítimas foram divulgados pelas autoridades de cada território.
Israel também realiza um cerco total a Gaza, que impede o fornecimento de alimentos, eletricidade, combustível e água ao território. Além disso, o governo israelense convocou 300 mil militares da reserva e pretende uma invasão à área sob domínio do Hamas, que, em resposta, ameaça matar reféns.
Veja o vídeo:
Para auxiliar os catarinenses que estejam precisando de ajuda para a sua repatriação ao Brasil, a Secretaria de Articulação Internacional do Governo de Santa Catarina disponibiliza o e-mail sai@sai.sc.gov.br.
*Sob supervisão de Raquel Vieira
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