A pandemia do coronavírus também forçou a contenção dos cerca de 17 mil índios em Santa Catarina. Por serem mais vulneráveis às doenças respiratórias, os Guarani, Kaingang e Xokleng foram alertados sobre a importância de fazer o isolamento social. Isso ocorre também porque muitas aldeias ficam perto das cidades, onde o Covid-19 já chegou. O lado ruim é que eles não podem sair para vender artesanato, principal fonte de renda das famílias.
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Para ajudar a diminuir o impacto da medida foi criada a Frente Indígena e Indigenista de Prevenção e Combate ao Covid-19, com reforço das regras de prevenção, e alternativa para garantir a segurança alimentar nas aldeias. A fome com certeza é uma grande ameaça e por isso a campanha, que visa a doação de alimentos e material de higiene. Mas os nossos indígenas sabem: Ficar em Casa — no caso deles — Ficar na Aldeia — é o melhor a fazer neste momento para impedir o avanço do coronavírus.
LOCAIS DE ARRECADAÇÃO DA CAMPANHA
SESAI
São José – Rua Cap. Pedro Leite, 530 – Barreiros
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Chapecó – Rua Curitiba, 465 D, Santa Maria.
Ipuaçu – Rua Pagnocelli, 358, Centro
FUNAI
São José – Rua Joaquim Vaz, 1322 – Campinas
Chapecó – Rua Mal. Mascarenhas de Moraes, Parque das Palmeiras
José Boiteux – Rua Primeiro de Maio, 51
Índios nos municípios de SC
O que diz o governo
Um decreto de 17 março da Fundação Nacional do Índio (Funai) suspendeu, por 30 dias, as autorizações de entrada em terras indígenas devido à pandemia do novo coronavírus. De acordo com a Funai, cabe aos agentes de saúde indígena zelar das aldeias pelo cumprimento.
No site do Ministério da Saúde existe uma página criada com o objetivo de apresentar dados atualizados atendidos pelo Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. As informações são obtidas junto a cada um dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) e, após validados pelo Departamento de Atenção à Saúde Indígena (DASI), disponibilizadas.
Até a manhã da última quarta-feira, dia 1ºl, o DSEI Interior Sul, com sede em São José, na Grande Florianópolis, apontava cinco casos suspeitos, zero confirmados, um descartado e nenhum óbito entre os índios de Santa Catarina.
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