A espuma que atingiu o rio Seco após o derramamento de ácido sulfônico na Serra Dona Francisca, em Joinville, ressurgiu na região 20 dias após o acidente, ocorrido em 29 de janeiro. Limpezas já foram realizadas no trecho, mas ainda há resquícios do produto no local.
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Conforme o Instituto de Meio Ambiente (IMA), apesar da retirada do ácido sulfônico do solo e dos rios, ainda há resquícios do químico na região. Por ser utilizado em produtos de limpeza, com a movimentação da água causada pela chuva, a espuma volta a reaparecer, o que não acontece em períodos de sol e calor.
– Tivemos um período muito seco, sem chuvas, e agora com as chuvas de maior intensidade, resquícios do produto que ainda estão se decompondo no local, no solo, nas rochas e na vegetação estão se soltando, isso somado ao ambiente agitador do rio que tem o fundo rochoso e a grande quantidade de quedas d’água das cachoeiras, também evidencia mais a espuma nestes locais – informou o IMA por meio de nota. Ainda segundo o órgão, as chuvas ajudam a limpar os resquícios do produto.
Veja imagens de espuma no rio após o acidente
À reportagem do AN, moradores locais confirmaram que em dias de chuva é possível notar o aumento da espuma, como ocorreu no último fim de semana. Nesta segunda-feira (19), o produto químico não era mais visível.
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Espera-se que com o volume de chuvas haja diminuição da incidência da espuma no solo, vegetação, e rochas ao longo do Rio Seco.
Conforme a prefeitura de Joinville, testes para verificar o índice de ácido sulfônico nos rios da região são realizados com frequência. No rio Seco, ocorre duas vezes ao dia. Na captação do rio Cubatão, quatro vezes. Não foram encontradas mais espumas no rio Cubatão.
Relembre o acidente
Em 29 de janeiro, um caminhão carregado com ácido sulfônico tombou na SC-418, na Serra Dona Francisca. A carreta estava carregada com um produto químico usado para a fabricação de detergentes líquidos, desengraxantes, multiuso, limpa alumínio e limpadores em geral.
Por conta do tombamento, o ácido foi derramado no solo e no rio Seco. No dia do acidente, a captação e distribuição de água chegou a ser interrompida na cidade, causando o desabastecimento de 34 bairros.
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