O promotor eleitoral de São José afirma que vai pedir a inelegibilidade e acionar por improbidade administrativa o prefeito Djalma Berger (PMDB), que concorre a reeleição. O motivo é um vídeo gravado durante um comício na última quarta-feira (3) em que o peemedebista supostamentes estaria pedindo votos a “vereadores amigos” para garantir a doação de terrenos para moradores.
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A defesa do candidato afirma que desconhece o material por isso não pode se manifestar, mas garante que não há desvio de conduta na campanha.
No vídeo de sete minutos gravado com um celular, Djalma afirma que ouviu da comunidade que a maior preocupação é com a possibilidade de perder as casas que moram. Ele lê um decreto de desapropriação de um terreno no final da Avenida das Torres e garante que a intenção é fazer uso social da área.
Durante o discurso, diz que como prefeito pode apenas cumprir esta etapa. A doação só é possível com aval da Câmara Municipal, por isso é importante votar em “vereadores amigos”. Em seguida, o prefeito cita o nome de dois candidatos que estão no palanque.
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O vídeo chegou ao promotor eleitoral de São José, Jádel da Silva Júnior, que garante que irá entrar com ações contra o prefeito. Segundo ele, seria desejo dos proprietários que o terreno seja desapropriado. O pedido existiria desde que a gestão Fernando Elias (2005-2008) e em nenhum momento a prefeitura teria manifestado interesse no negócio.
A situação teria mudado com a aproximação da campanha. Após o comício de quarta-feira, teria ocorrido a invasão de lotes por famílias. O comandante do batalhão da cidade, tenente-coronel Marcus Vinícius Bedretchuk, disse que a Agência de Inteligência confirmou a instalação de pessoas.
O advogado do prefeito, Paulo Fretta Moreira, explica que não teve acesso ao conteúdo dos vídeos e por isso não pode se manifestar. Ele declara ainda que a campanha de Djalma Berger ocorre na mais estrita legalidade.
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Esta seria a segunda ação do Ministério Público pedindo a inelegibilidade de Djalma Berger. Nesta quinta-feira (4), o promotor Jádel da Silva Júnior protocolou um pedido de cassação contra o prefeito na 84ª Zona Eleitoral por abuso de poder político e de autoridade. O pedido ainda precisa ser analisado pelo juiz eleitoral.