A notícia da morte de duas lontras no sul da Ilha causou preocupação para os pesquisadores do Projeto Lontra logo quando comemoravam um feito inédito. No último dia 11 de fevereiro completou 5 meses de vida a primeira lontra brasileira (Lontra longicaudis) nascida em cativeiro. O fato aconteceu no Refúgio Animal, o centro de pesquisas do projeto localizado na Lagoa do Peri, em Florianópolis, e ajudará a entender melhor o comportamento da espécie.

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— A partir desse nascimento, conseguiremos estudar melhor o ciclo reprodutivo da espécie em um ambiente controlado, desenvolver uma metodologia que possa servir para reintrodução da espécie em ambientes onde elas foram extintas, melhorar a qualidade de vida de outras lontras em cativeiro e estimular a reprodução delas em zoológicos. Hoje, qualquer informação nesse sentido é algo inédito — diz Junior Carvalho, que além de coordenador do Projeto Lontra, coordena na América Latina a força tarefa da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

 Batizado de Iru, que em Guarani significa companheiro, o filhote nasceu com 178 gramas e deverá ter em média de 7,5 a 11kg quando chegar na fase adulta. A mãe, Yara, está no Refúgio Animal há nove anos. No início de 2018, ocorreu o nascimento da segunda lontra em cativeiro, mas ainda está em observação para saber se irá ser um nascimento com sucesso. Atualmente, vivem no Refúgio Animal sete lontras e duas iraras. 

— O nascimento com sucesso em cativeiro é um indicador de sucesso do Projeto Lontra, pois a lontra só se reproduz se tudo estiver funcionando de forma adequada, como uma boa alimentação, manejo, segurança, entre outros — diz Carvalho.

Com informações da NSC TV

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