O catarinense Eder Luciano, 29 anos, fez história neste domingo. Em Iquique, no Chile, ele se tornou o primeiro atleta a conquistar o tricampeonato do Campeonato Mundial de Bodyboarding ISA Games, da International Surfing Association, um dos títulos mais importantes da modalidade.
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Em vídeo, o atleta catarinense comenta a emoção pela conquista:
O título veio em dose dupla, pois além da conquista individual, o atleta de Itapema ajudou a seleção brasileira a chegar ao título por equipes pela terceira vez.
– O tricampeonato é muito importante pra mim porque este foi um ano difícil. Vai ficar marcado na história. É muito importante para o Brasil – afirmou o bodyboarder catarinense em contato pelo WhatsApp com o DC.
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Eder Luciano repetiu os feitos das edições de 2012 e 2013 do Campeonato Mundial de BodyBoarding ISA Games. O caminho rumo ao título foi difícil. Neste domingo, ele teve de superar a queda para a repescagem.
Se classificou e avançou rumo à final. Na última bateria, chegou à somatória de 14,10 nas duas melhores ondas e fez história.
Eder Luciano compartilhou na tarde deste domingo com o DC o orgulho de fazer história. Veja a seguir o papo dele com a reportagem, via WhatsApp, direto do Chile, pouco depois de garantir o título nas ondas chilenas.
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Qual é o peso do tricampeonato?
Este tricampeonato é muito importante para mim porque foi um ano difícil. Eu não havia conseguido um resultado bom ainda. E, no último evento do ano, ganhar este campeonato é sensacional. Sou tricampeão também por equipes. Sou o único a ter esses títulos nos ISA Games. Vai ficar marcado na história.
Qual é a diferença entre o título pelo campeonato da ISA e o do Circuito Mundial?
O título mundial da ISA é um dos mais importantes do nosso esporte, porque é a principal associação do surfe no mundo, que envolve várias modalidades com prancha. Este evento é organizado todos os anos. São os melhores atletas de cada país representados. E há reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional (COI). Isso abre mais portas do que o título mundial do circuito, que é da APB, outra associação internacional. É como no circuito do surfe, tem várias etapas. E o da ISA tem vários países em equipes disputando uma competição só.
Este é o grande momento dos esportes com prancha no Brasil?
O Brasil está passando por tantas dificuldades, e acho que o esporte sempre traz felicidade. A gente está com três brasileiros no surfe disputando o título mundial (Gabriel Medina, Filipe Toledo e Adriano de Souza). Tivemos um campeão mundial de bodyboarding Pro Junior em Porto Rico há alguns dias (Sócrates Santana). E mais este título individual e por equipe no Chile. Isso significa muito para o nosso esporte. Só nos fortalece, ganhamos nosso espaço trazendo muitos títulos e trazendo cada vez mais reconhecimento.
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Quais as dificuldades encontradas nas ondas do Chile?
O Chile foi um dos nossos principais adversários. Competi com dois chilenos na final. A onda deles é de fundo de pedra. Uma onda que quebra sempre no mesmo lugar, e eles têm um posicionamento muito bom. No Brasil treinamos em locais com características diferentes. Os chilenos são acostumados, e ainda há vários atletas do mundo inteiro que vieram disputar, campeões do Circuito Mundial e da ISA também. A França veio com uma equipe muito forte. Foi difícil, bateria a bateria, tentei fazer o trabalho do jeito certo. Fui me soltando cada vez mais e extrapolando os limites.