Usando vestido longo, véu e grinalda, Bruna Fraga Sebastião Antunes caminhou pela Rodoviária de Criciúma, no Sul de Santa Catarina, pensando em uma viagem que promete ser mais longa que qualquer rota de ônibus. Ao lado do agora marido Willian da Silva Antunes, ela pretende seguir em linha direta, sem paradas, até a felicidade.

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O casal oficializou a união na sexta-feira (19), em uma igreja evangélica recém aberta dentro da Rodoviária. Foi a primeira cerimônia desse tipo no local, que funciona desde o dia 6 de julho. A cena da noiva andando pelos corredores chamou a atenção dos passageiros, que aguardavam os ônibus.

— Para mim, foi bem emocionante, porque a gente estava planejando o nosso casamento. Como o nosso grupo de casais nos ajudou, a gente conseguiu fazer a cerimônia — conta a noiva.

Bruna conta que conheceu o atual marido há cerca de um ano, em uma festa. Segundo ela, tudo aconteceu bastante rápido entre o casal, que se apaixonou e logo começou a planejar o casamento.

— Nosso relacionamento foi bem precoce. A gente se conheceu num dia, no outro eu já estava levando ele para os meus pais conhecerem e depois eu fui conhecer os pais dele — lembra.

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Agora, o casal planeja a lua de mel, que deve começar na próxima semana. Enquanto isso não ocorre, eles aproveitam os primeiros dias juntos, na casa deles, no bairro Laranjinha.

Mais casamentos virão

Segundo a pastora Marilene Rosa Monteiro, que comandou a cerimônia, esse tipo de situação deve se tornar corriqueira nos próximos meses. Ela diz que há outros casamentos que podem ocorrer até o fim deste ano, embora ainda não tenha nenhuma data fechada na agenda.

— Foi um casamento bem abençoado, com 150 pessoas. Todas as religiões participaram — conta a pastora.

Marilene diz que resolveu abrir a igreja na rodoviária por ser um local que recebe todos os perfis de pessoas. A pastora afirma que, embora seja de vertente evangélica, o espaço é ecumênico e aberto para todo mundo que quiser se reunir e pensar na palavra de Deus.

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— É um trabalho ecumênico. A gente não diz que queremos pessoas que são só da igreja evangélica. A igreja existe na rodoviária para alcançar a todos e não um número definido de pessoas — afirma.