O Projeto Fauna, iniciativa da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Faema) e do Instituto Caeté-Açu, flagrou a passagem de um gato-mourisco pelo parque São Francisco de Assis, no Centro de Blumenau. O registro foi feito pelas “armadilhas” fotográficas instaladas no parque há dois anos justamente com o objetivo de auxiliar na observação da fauna e na identificação de espécies raras, em extinção ou pouco observadas.
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::: Pesquisadores vão monitorar gato-mourisco em Blumenau
Neste mês a Faema recuperou um cartão de memória danificado e conseguiu rápidas imagens do gato-mourisco. O vídeo mostra uma breve passagem do animal na floresta, o que confirma a existência da espécie no local. Os equipamentos do Projeto Fauna já flagraram outros animais, como o cachorro-do-mato, a cutia, o tatu-galinha, o gato-maracajá, e o tamanduá-mirim.
>> Veja o momento da passagem do gato-mourisco no Parque São Francisco de Assis:
O gato-mourisco
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Segundo a bióloga e responsável pelo projeto Cintia Gruener o gato-mourisco é um felino de porte médio-pequeno, sem manchas e de cor praticamente uniforme, que varia do marrom acinzentado ao marrom avermelhado. O corpo é alongado, os membros curtos e a cauda longa. Possui a cabeça pequena e achatada. É um animal solitário com atividades noturnas e diurnas, que se alimenta de mamíferos, aves e pequenos vertebrados.
Ele vive em ambientes florestais densos, à beira de rios e outros mananciais, mas também em vegetação aberta. Na última revisão da lista brasileira da fauna ameaçada, o gato-mourisco foi classificado como vulnerável, sendo a caça, destruição e perda de habitat as principais causas. É uma das espécies de felinos com maior deficiência de dados, tanto relacionados com a biologia da espécie e padrão de distribuição geográfica, quanto com a sua atual situação de densidade populacional.