O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez nesta terça-feira (12) uma chamada de vídeo com a família de Marcelo Arruda, petista que foi assassinado no último sábado (9), em Foz do Iguaçu, por um apoiador de Bolsonaro. O presidente disse que “nada justifica” o crime e convidou os familiares de Marcelo para participar de uma entrevista coletiva.
Continua depois da publicidade
Receba notícias do DC via Telegram
— Por mais que por ventura tenha tido uma troca de palavras grosseiras, mas não justifica o cara voltar armado e fazer o que ele fez — disse Bolsonaro.
Militante petista assassinado por bolsonarista é enterrado com pedidos de fim do ódio
Um parente de Marcelo respondeu:
Continua depois da publicidade
— Nem justifica ele ter aparecido lá, presidente.
Um trecho da conversa foi divulgado pelo jornalista Guilherme Amado, do site Metrópoles. No vídeo, é possível ver que o deputado federal bolsonarista Otoni de Paula (MDB-RJ) segura o celular por meio do qual é realizada a chamada.
Bolsonaro aproveitou a conversa para convidar a família de Marcelo para participar de uma coletiva de imprensa em Brasília. Segundo ele, a ideia é que eles contem sobre o que aconteceu.
— A imprensa obviamente, quase toda a esquerda, tá quase que botando no meu colo a ação desse cara — diz o presidente em um trecho anterior ao convite.
O guarda municipal Marcelo Arruda foi assassinado no último domingo (10) durante sua festa de aniversário, que acontecia em Foz do Iguaçu (PR). O evento tinha como tema o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Continua depois da publicidade
Justiça decreta prisão preventiva de policial que matou petista em Foz do Iguaçu
Segundo o boletim de ocorrência, o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, autor do crime, invadiu o evento e gritou “aqui é Bolsonaro”. Ele foi embora e depois voltou atirando. Três disparos acertaram Arruda.
O guarda municipal ainda conseguiu atirar de volta e feriu Guaranho, que está internado em estado estável, mas grave.