Sinônimo de acolhimento para crianças pequenas, os berços fabricados no país e no Exterior precisarão de selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) para chegar ao mercado. Como ocorre em situações similares, porém, o processo para adaptação de fabricantes e comerciantes é lento. Os produtos sem o selo, conforme a norma técnica ABNT NBR 15860 Parte 1 e 2, serão erradicados do mercado em 36 meses, a contar de 24 de junho.
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No final de 2007, um teste com as marcas disponíveis colocou o Inmetro em alerta. Todas as 11 analisadas apresentaram algum tipo de problema. A reprovação coletiva levou o instituto a transformar o status do produto, incluindo-o na lista dos que precisam de certificação compulsória – até agora, fabricantes poderiam obter a certificação voluntária. No Brasil, seis empresas já têm o certificado.
Integrante da Diretoria da Qualidade do Inmetro, Aline Oliveira salienta a importância da medida:
– Os pais terão garantia de segurança ao colocar seus filhos nos berços.
Zero Hora acompanhou uma simulação de alguns desses testes no Laboratório de Controle de Qualidade do Centro Tecnológico do Mobiliário do Senai-RS, em Bento Gonçalves, oferecida com exclusividade pelo Inmetro para demonstrar uma pequena parte do processo de avaliação da qualidade dos berços. Meticulosos, técnicos avaliam a segurança e durabilidade das camas dos pimpolhos, num processo (chamado de “ensaio”) que pode levar 15 dias para ser concluído (confira no vídeo).
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Enquanto a venda com selo não for obrigatória, consumidores poderão levar em consideração detalhes importantes no momento de escolher os berços, conferindo mais segurança aos sono dos bebês.
– As extremidades devem ser arredondadas, o que evita machucados. Se o berço for de madeira (ou MDF), não podem ser utilizados parafusos direto na madeira, que cedem mais facilmente. Recomenda-se que tenham porcas, buchas e arruelas – orienta a engenheira química Maria Ballestrin Bertarello, gerente técnica do laboratório físico-químico do Centro Tecnológico do Mobiliário Senai-RS.
Vinícius Antônio Dalbosco, laboratorista do centro, complementa:
– As falhas mais comuns são nos espaçamentos e nas barras laterais.