O primeiro sobrevoo de monitoramento das baleias-francas na temporada de 2023 registrou 61 animais nadando na costa catarinense neste domingo (23). A observação aérea feita pelo Porto de Imbituba percorreu toda a Área de Proteção Ambiental (APA), de Florianópolis ao Balneário Rincão, no sul de Santa Catarina, se estendendo até Torres, no Rio Grande do Sul. Em um primeiro momento, foi informado o avistamento de 51 animais.
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De acordo com a instituição, foram avistadas 21 pares de baleias-francas fêmeas, acompanhadas de filhotes, além de nove adultos solitários (veja vídeo abaixo).
A varredura também contou com a participação de biólogos e oceanógrafos da Acquaplan e do Instituto Australis. Segundo os pesquisadores, os municípios com maior número de avistamentos do animal foram Imbituba, Jaguaruna e Balneário Rincão. Além deles, também foram observadas baleias em Laguna, Balneário Gaivota e Garopaba.
O programa de monitoramento do Porto de Imbituba está ocorrendo desde 1º de julho, com equipes de campo realizando diariamente a observação a partir de pontos fixos nas praias do Porto e Ribanceira. Em 2023, as primeiras baleias foram avistadas no final de junho.
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INFOGRÁFICO: a ilustre visitante do litoral de Santa Catarina
O monitoramento se estende por toda a temporada de reprodução dos animais, que no Brasil ocorre anualmente entre julho e novembro. Nesse período, estão previstos dois novos sobrevoos, o próximo em setembro e o último em novembro, mês em que também será finalizada a observação terrestre.
Presença histórica
O Litoral Sul, especialmente Santa Catarina e parte do Rio Grande do Sul, serve de berçário para a procriação, acasalamento e cuidados dos novos filhotes das baleias-francas.
O monitoramento traz informações importantes para ações de conservação da espécie, como a contagem, a composição e localização dos grupos desses mamíferos.
VÍDEO: Salto de baleia-franca é flagrado por drone em Florianópolis
As fotografias das baleias também são necessárias pois ajudam para posterior identificação dos animais, já que as calosidades em suas cabeças funcionam como as digitais humanas. Esse reconhecimento permite saber se os animais retornam em temporadas seguintes, possibilitando um acompanhamento mais completo de seu ciclo reprodutivo.
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