Vida do peixe mero será estudada em SC

O peixe mero, também conhecido com O Senhor das Pedras e Gigante do Mar, terá uma atenção especial nos próximos dias. Pesquisadores do Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar), da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) farão uma série de mergulhos para descobrir os locais onde os peixes se concentram.

Os mergulhos fazem parte do projeto Meros – estratégias para a conservação de ambientes costeiros e marinhos do Brasil, com patrocínio da Petrobras.

A idéia é melhorar as estimativas do crescimento do mero, que pode atingir três metros de comprimento, pesar mais de 400 quilos e viver mais de 40 anos.

O professor da Univali e responsável técnico pelo projeto Meros do Brasil, Mauricio Hostim, explica que atualmente existem dados sobre o crescimento da espécie apenas no Golfo do México:

– Com a identificação da espécie, poderemos definir estratégias de proteção dos locais e do momento da reprodução dos meros no litoral brasileiro.

Com os mergulhos, será possível o comportamento dos peixes com registros fotográficos e vídeos.

A agenda para os mergulhos ainda não foi definida, mas os trabalhos devem acontecer entre o dia 21 e 23 de dezembro, na Baía da Babitonga, no litoral norte de Santa Catarina.

O projeto está sendo desenvolvido, além de Santa Catarina, na Bahia, em Pernambuco e em São Paulo. Neste Verão, o Meros do Brasil entra em nova fase. Além dos mergulhos, mais de mil pescadores, marisqueiros e ribeirinhos, vão contribuir com a pesquisa.

O objetivo é contar com a cooperação das comunidades em ações de preservação da espécie e de resgate de conhecimentos sobre seu ciclo de vida e os de outras espécies vegetais e animais ameaçadas de extinção.

Quem é o mero?

O mero (Epinephelus itajara) é encontrado em águas tropicais e subtropicais do oceano Atlântico, da Flórida até o Sul do Brasil, por todo o Golfo do México e no Caribe.

Ele costumam ficar próximos de naufrágios, pilares de pontes e pontas de costões. Eles ficam perto de cavernas e tocas que consigam abrigá-los. São dóceis e confiantes e deixam o mergulhador se aproximar.