Vida de garimpeiro: o trabalho duro de quem descobre os talentos

Qualidade técnica, acima de tudo. É isso que os abnegados avaliadores, com sua hercúlea tarefa de prever o futuro e encontrar jovens que vingarão no futebol, estão à procura. O aspecto físico ou a capacidade de executar corretamente uma função tática são secundários. O exigente primeiro olhar direcionado ao menino que sonha em ser jogador foca-se prioritariamente em seu talento.

Este é o olhar que os participantes do Peneirinha Gillette, projeto do Grupo RBS e da P&G, podem esperar a partir de 8 de setembro, quando começa a etapa de testes do concurso.

As portas das categorias de base do Criciúma estão sempre abertas para garotos que sonham em se tornar jogador profissional, mas somente um pequeno grupo mostra algo suficiente no processo de seleção para convencer o coordenador das categorias de base Evandro Guimarães a ficar no clube. Para o zagueiro campeão da Copa do Brasil de 1991 pelo Tigre somente que tem um “expoente” a oferecer pode ter um futuro promissor.

De acordo com Evandro, todos os dias vários meninos demonstram nas peneiras boas qualidades, mas isso não é o suficiente.

– Buscamos o expoente do garoto. Ele pode ser um jogador comum em vários aspectos, mas se ele tiver somente um diferencial como ser rápido, bom marcador, bom cabeceador ou ser aplicado taticamente aí ficará mais tempo para ser melhor avaliado – explica.

Foi com esse tipo de critério que o coordenador da base do Tigre descobriu o goleiro Bruno no futsal há alguns anos.

– Ele era muito alto, quase batia com a cabeça na trave e percebi que teria muito mais futuro no futebol de campo que no futsal – recorda.

Além do diferencial técnico e físico, as peneiras e testes do Criciúma também buscam identificar bons perfis psicológicos.

– Jogadores como Kaká e Messi, por exemplo, conseguiram se destacar por também terem um lado psicológico e emocional muito bom. É isso que também queremos aqui garante Evandro.