Joinville pode ser a primeira cidade fora dos Estados Unidos a integrar o “blue zone” [zona azul], um projeto que mapeia regiões para oferecer maior expectativa de vida por meio de melhorias nas condições de saúde preventiva e bem estar.
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A ideia é inspirada no trabalho de um grupo da National Geographic, liderado pelo pesquisador Dan Buettner, e feita em parceria com a Sharecare, empresa ligada à ideias de prevenção na saúde. O objetivo é impactar nas cidades através de políticas públicas que potencializam as iniciativas já existentes.
O tema virou série da Netflix com o nome de “Como Viver até os 100: o segredo das Zonas Azuis”. Lançada no final de agosto, a produção chegou a ser a mais assistida nos EUA e ficou em quinto lugar no Brasil. O documentário mostra Buettner em viagens por cidades ao redor do mundo que são “blue zones” e possuem as comunidades mais longevas. Entre elas estão Okinawa, no Japão, e regiões na Sardenha, na Itália, e Califórnia, nos EUA.
De acordo com Fábio Fratantonio Marchese, sócio-diretor da BZB, empresa parceira da Sharecare na expansão do projeto zonas azuis no Brasil, Joinville se destacou em diversas áreas após o projeto analisar o município por 18 meses.
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— Características como ser a capital do voluntariado, em destaque os bombeiros voluntários, ser uma cidade com empresas sólidas, associativismo robusto, entidades públicas e privadas representativas e uma maturidade política rara de se encontrar — explica Fábio.
Caso Joinville seja aprovada, os investimentos serão feitos pela iniciativa privada, mas, de acordo com Fábio, a cidade ainda precisa passar pela “fase de avaliação”. Se o resultado for positivo, ele fala em “retorno expressivo para a cidade”.
— Redução nos custos com saúde, valorização dos imóveis, aumento coordenado do turismo e segurança, crescimento da expectativa de vida, redução de obesidade infantil e de adultos, melhoria das condições urbanísticas, redução de fumantes, entre outros — aponta.
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Diálogo com a prefeitura
Para Fábio, o diálogo entre o projeto Zonas Azuis e a prefeitura é importante e será feito por meio do Instituto Joinville, colocado como representante da comunidade.
— Essa conversa é fundamental, pois o projeto tem que estar alinhado às diretrizes da prefeitura, levando sempre em consideração as políticas públicas já estabelecidas ou planejadas — destaca.
Ele reforça que a proposta não vai utilizar dinheiro público e que as ideias serão focadas, principalmente, na saúde e qualidade de vida.
O que falta para Joinville ser confirmada?
Para oficializar Joinville no projeto, a iniciativa precisa concluir a fase de avaliação, que deve começar nas próximas semanas e dura seis meses. Será nesta etapa que será feito um estudo aprofundado que apontará os direcionamentos necessários.
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Para iniciar a avaliação, o grupo está finalizando a definição de quem vai oferecer recursos à proposta, como universidades, indústrias, incorporadoras e centros de saúde, por exemplo.
Se avançar, a cidade vai para a fase dois, chamada de “transformação”, com duração estimada de 4 a 5 anos de duração e certificação da cidade.
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