Victor Ribas consegue tubo e vence na repescagem

Depois de uma semana de adiamentos consecutivos, a repescagem do Billabong Pro Tahiti finalmente foi iniciada na sexta, mas não nas famosas e temidas ondas de Teahupoo. O prazo da terceira etapa do Foster?s ASP World Tour 2007 termina na segunda, e o evento será finalizado em condições normais com até 1,5 metro de altura, sem aqueles tubos espetaculares do maior desafio do ano. Só o cabofriense Victor Ribas achou um tubaço que acabou sendo o melhor do campeonato até agora. Superou até o recorde de nota de Kelly Slater, com o 9,67 recebido para vencer o último confronto do dia.

Mais três brasileiros estão na segunda metade da repescagem que vai abrir o sábado no Tahiti. Raoni Monteiro, Leonardo Neves e Rodrigo Dornelles ainda vão buscar classificação para se juntar a Vitinho e Adriano de Souza e Bernardo Pigmeu, que estrearam com vitórias na semana passada em Teahupoo, e avançaram direto para a terceira fase da competição.

Poucos tubos haviam aparecido durante a sexta-feira e as maiores notas do dia eram a 9,17 conseguida pelo australiano Michael Campbell contra o catarinense Neco Padaratz e a 9,13 do norte-americano Damien Hobgood na vitória sobre o tahitiano Hira Teriinatoofa, ambas tiradas apenas por manobras como batidas e rasgadas nas ondas. O primeiro que fez lembrar Teahupoo foi o surfado por Ribas, com dois dos cinco juízes dando nota 9,8, na melhor apresentação do Billabong Pro Tahiti 2007.

A média final ficou em 9,67, superando o 9,5 de Kelly Slater que encabeçava a lista das maiores notas do campeonato. Vitinho ainda pegou outros dois tubos na bateria, mas somou uma nota 6,87 recebida pelas quatro fortes manobras jogando muita água que acertou com velocidade numa boa esquerda de 1 metro de altura. Com esta última onda, Ribas liquidou de vez o australiano Phillip MacDonald por 16,54 x 12,74 pontos no terceiro maior placar do dia.

O recorde continua com o octacampeão mundial Kelly Slater, que atingiu 18,17 pontos em sua estréia na primeira fase realizada na sexta-feira da semana passada, no final do último grande swell (ondulação) que entrou em Teahupoo neste ano. O maior total nas oito primeiras baterias da repescagem foi conseguido pelo também norte-americano Damien Hobgood, que derrotou o tahitiano Hira Teriinatoofa com 17,36 pontos.

Em segundo, ficou o australiano Michael Campbell, que marcou 16,67 x 12,77 pontos na segunda vitória seguida sobre o brasileiro Neco Padaratz nas repescagens do WCT. Os dois também se encontraram na etapa passada em Bells Beach, Austrália, com o catarinense sendo um dois únicos surfistas que ainda não venceram nenhuma bateria na divisão de elite neste ano. Neco ficou os últimos 15 minutos da bateria esperando por uma onda que não apareceu, numa agoniante calmaria que tirou qualquer chance de reação do brasileiro.

As condições do mar eram desanimadoras, pois todos esperavam encontrar ondas parecidas com as das triagens realizadas na semana passada. O niteroiense Bruno Santos deu um show nos tubos nas séries de 8, 10 e até 12 pés de altura, terminando em terceiro lugar na prova que valia dois wildcards (convites) para completar a chave dos 48 participantes do Billabong Pro Tahiti. No entanto, ele foi chamado para substituir o contundido Royden Bryson, da África do Sul, sendo o primeiro brasileiro a disputar a repescagem na sexta-feira.

Mais três brasileiros ainda vão disputar a repescagem na manhã deste sábado no Tahiti. O carioca Raoni Monteiro está escalado com o australiano Trent Munro no primeiro confronto do dia, previsto para ser iniciado às 14h30min de Brasília. Eles formam a nona bateria. O gaúcho Rodrigo Dornelles pega o sul-africano Greg Emslie na 11ª, e na 12ª o carioca Leonardo Neves enfrenta o australiano Dayyan Neve.