Muitas pessoas ao redor do mundo tem perdido bens materiais, entrado em crises financeiras e adquirido até problemas psicológicos por conta do vício no “Tigrinho”, jogo de azar que vem se tornando cada vez mais popular na internet. Um desses casos é o da Jéssica Amaral, que revelou em entrevista à emissora SBT, que já perdeu em um ano mais de R$ 170 mil e vendeu até os brinquedos do filho para apostar.
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— Eu não jogo mais pelo dinheiro, é pela emoção, prazer de estar ali jogando, apostando — disse Jéssica em entrevista à emissora.
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Em alguns momentos, Jéssica conseguiu “lucrar” com as apostas, mas sempre que vencia, resolvia jogar novamente. A partir daí, ela deixou de pagar contas e vendeu até objetos de casa para apostar.
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— Cheguei a vender celular, cafeteira, caixa de som, brinquedo do meu filho para alimentar meu vício. Chegou uma hora que eu não tinha mais controle, eu ganhava, mas dobrava e perdia tudo em questão de minutos. É fácil as pessoas saírem divulgando, falando que estão ganhando — comentou Jéssica.
O que é o jogo do Tigrinho
O Fortune Tiger, também conhecido como Jogo do Tigrinho, ganhou destaque nas últimas semanas após operações policiais colocarem influenciadores digitais que promovem o game na mira de investigações. Com visual colorido e infantil, o jogo promete dinheiro fácil a quem começa a jogar e tem atraído cada vez mais vítimas no país.
O objetivo do “Tigrinho” é que o jogador faça uma combinação de três figuras iguais nas três fileiras que aparecem na tela, como uma espécie de jogo caça-níquel. Divulgado por famosos da internet, autoridades alertam que o cassino online é uma ilusão. Vale destacar, ainda, que, no Brasil, jogos baseados em sorte são ilegais e por isso a prática pode ser considerada crime.
Efeitos psicológicos do jogo
Os efeitos do vício em jogos digitais no cérebro do ser humano podem ser bastante graves. No caso do “Tigrinho”, chegam a ser comparados com os mesmos efeitos causados pela dependência química em drogas. Mas no caso desses jogos online, o acesso é muito mais fácil e rápido, porque eles estão na palma da mão, a qualquer momento.
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O tratamento para se livrar desse vício é multidisciplinar, e uma das alternativas é substituí-lo por outro estímulo que seja prazeroso para o cérebro, como o exercício físico. Mas o adequado é procurar um profissional para entender o problema e iniciar o processo adequado de recuperação.
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