Durante sua passagem por Santa Catarina, o vice-presidente Hamilton Mourão, que fez palestra na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), recebeu um documento com as demandas para a implantação da nova Rota do Milho, que tem com objetivo efetivar uma alternativa mais próxima de fornecimento de milho para as agroindústrias de Santa Catarina.
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O documento foi entregue pelo coordenador da Frente Parlamentar Em Favor da Nova Rota do Milho, deputado estadual Marcos Vieira.
As demandas solicitadas são a privatização da aduana de Dionísio Cerqueira e manutenção do scanner de cargas, ampliação da aduana de Paraíso e recuperação das BRS-282 e 163.
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– Foi uma boa conversa, explanamos sobre a Rota do Milho e entregamos um relatório detalhando as explicações e sua importância para o agronegócio catarinense – disse Vieira.
Santa Catarina produz menos de três milhões de toneladas de milho e consome quase sete milhões de toneladas, o que gera um déficit de quatro milhões de toneladas. Parte do cereal vem do Sudeste, a 1,5 mil e até 2 mil quilômetros de distância. Parte é importado, inclusive do Paraguai, que fica próximo de mil quilômetros passando por Foz do Iguaçu.
A estimativa é de que, para trazer um milhão de toneladas do Centro-Oeste o custo é de R$ 333 milhões em frete. Com a nova rota do milho, com os caminhões passando por balsa no rio Paraná, entre Carlos Antonio Lopez-PAR e Porto Piray-ARG, a distância cai para cerca de 500 quilômetros e o custo com o frete cai para R$ 116 milhões.
Uma barca já foi conseguida e estão sendo realizadas obras nos portos. Também iniciou a pavimentação de uma rodovia no Paraguai, que fará a ligação. Mas existem os entraves burocráticos e políticos, além da necessidade de agilizar a passagem nas aduanas.
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