O vereador Rodrigo Fachini (PSDB) é o candidato a vice-prefeito de Joinville na chapa do deputado federal Darci de Matos (PSD) nas Eleições 2020. Caso seja escolhida pela maioria dos eleitores neste domingo (29), a dupla vai comandar a maior cidade do Estado a partir de 2021. E o AN conversou com Fachini para explicar como ele se preparou para o cargo e como pretende atuar caso seja eleito.

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Rodrigo Fachini tem 42 anos e nasceu em Florianópolis, apesar de ter se mudado para Joinville ainda recém-nascido. Ele é casado há 20 anos e tem quatro filhos, de 21, 18, 16 e 12 anos. É formado em administração e gestão pública, além de um MBA em cidades inteligentes. Ele é filho de João Fachini, vereador constituinte que atuou no Legislativo de 1989 a 1992, e sobrinho do padre Luiz Fachini, criador das cozinhas comunitárias em Joinville. 

Atualmente, o candidato a vice-prefeito pelo PSDB atua no segundo mandato como vereador de Joinville. Ele foi eleito pelo MDB em 2012 e 2016, tendo atuado como presidente da Câmara de Vereadores na última legislatura. Também concorreu ao cargo de deputado estadual em 2018, mas não foi eleito.

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Fachini chegou a ser homologado como candidato a prefeito pelo PSDB, mas desistiu para concorrer como vice-prefeito. Caso seja eleito, ele afirma que estará muito próximo de Darci de Matos e contribuirá com a gestão da cidade.

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– Terei funções pontuais e acredito que serão ligadas ao que atende ao meu perfil de ouvir as pessoas, manter o diálogo e conversar com a sociedade civil organizada.

Apesar das atenções estarem mais voltadas aos nomes que concorrem a prefeito durante a eleição, o vice-prefeito é a segunda pessoa na hierarquia do Executivo e a responsável por assumir as funções quando o prefeito precisar se ausentar do cargo. É quem irá auxiliar na administração e na discussão de melhorias para a cidade.

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Confira a entrevista com Rodrigo Fachini:

A Notícia – Por que o senhor abriu mão de concorrer a prefeito para ser o nome de vice-prefeito na chapa de Darci de Matos?

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Rodrigo Fachini – Quando me filiei ao PSDB me deram essa responsabilidade de ser candidato a prefeito e fui homologado. No momento, a cidade vive muito a fragilidade nas políticas públicas, desde o travamento e a burocracia que trancou a cidade, até às áreas sociais, saúde e educação. Essa fragilidade fez com que a gente repensasse e montasse um time com chances reais de chegada, quase para garantir a vitória. Foi isso que me motivou a declinar da candidatura e ser o nome de vice.

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AN – Você já tinha uma proximidade com o candidato Darci de Matos ou a relação surgiu por causa das eleições?

Fachini – Não vou dizer que existia uma amizade, mas existia um afinamento, ele enquanto deputado e eu vereador. Até porque queremos o mesmo para a cidade – nós montamos o plano de governo e pude incluir pontos importantes. O que nos une é esse sentimento que Joinville é agora. Precisamos governar e reconstruir a cidade já.

Darci de Matos e Rodrigo Fachini
Darci de Matos e Rodrigo Fachini (Foto: Divulgação)

AN – Como se preparou para ser vice-prefeito?

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Fachini – Existe um reconhecimento da própria cidade que essa chapa é formada por duas pessoas preparadas para serem prefeito. A minha formação é gestão pública, curso MBA em cidades inteligentes. Somado a essa vivência das questões sociais, eu conheço Joinville como poucas pessoas conhecem, a questão social, periférica. Conheço a cidade por inteira. Eu vivo a Joinville como a grande parte da população vive. Meus filhos estudam em escola pública, usam transporte coletivo, eu uso o sistema de saúde pública e vivo em bairro. Nós apresentamos um projeto de governo que traz verdadeiramente as mudanças, inclusive do ponto de vista administrativo. Vamos cortar cargos, condensar as secretarias, diferentemente da candidatura do outro partido, que não apresenta proposta de mudança.

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AN – Como será sua participação na gestão, caso seja eleito vice-prefeito?

Fachini – Estando muito próximo ao prefeito, com esse sentimento muito claro de que ele é o prefeito e meu papel é contribuir com a gestão. Provavelmente, terei funções pontuais, mas acredito que será ligado ao que atende ao meu perfil de ouvir as pessoas, manter o diálogo e conversar com a sociedade civil organizada.

AN – Na sua visão, quais os maiores problemas de Joinville e que terão de ser enfrentados ao longo dos próximos quatro anos?

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Fachini – O destravamento aos alvarás de licenciamento ambiental porque Joinville não suporta mais. Precisamos garantir emprego e renda, desenvolvimento econômico e social. A zeladoria da cidade precisa ter uma atenção muito especial e também as políticas públicas porque houve um desmonte de políticas na área social, cultura e esporte. O Centro da cidade precisa ser pensado de forma imediata, essa revitalização para fazer que Joinville volte a ser propulsora de turismo, que tenha atrativos para receber pessoas de fora e que seja atrativa para quem vive na cidade.

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AN – Você teve participação na construção da proposta de governo? Houve alguma proposta sua incorporada no plano e que seja uma bandeira pessoal?

Fachini – Participei da elaboração do plano de governo e pra mim tem algo que é muito especial: criar um núcleo de apoio psicológico e psiquiátrico para atender as crianças da rede pública, especialmente, a prevenção da depressão infantil, o enfrentamento do alto índice de suicídio e tentativa de suicídio infantil. Algo que também coloquei no plano de governo é tornar Joinville uma cidade bilíngue, a partir do terceiro ano infantil.

AN – Por que sua chapa deve ser a escolhida para governar Joinville pelos próximos quatro anos?

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Fachini – Nós vivemos em uma cidade com uma fragilidade gigantesca no que se refere a gestão. Neste momento, é necessário um prefeito e vice preparados, que tenham vivência e sensibilidade para entender como vivem as pessoas nesta cidade – não podemos ter um prefeito e vice que vivem em uma bolha. Acima de tudo, é o preparo para comandar a maior cidade de Santa Catarina. É uma questão de experiência, de ter as portas abertas em Brasília, em Florianópolis, conhecer a gestão pública, que é diferente da privada.

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