Correção: ao contrário do que foi publicado, a juíza eleitoral de Tijucas, Monike Silva Póvoas Nogueira, não determinou a prisão do vice-prefeito, mas sua condução coercitiva até a delegacia. A informação havia sido repassada pela Polícia Militar da cidade e foi corrigida às 21h31.
Continua depois da publicidade
O vice-prefeito de Tijucas, Adalto Gomes (PT), foi encaminhado para a delegacia na tarde deste sábado (27) por crime eleitoral. O político foi flagrado panfletando material de campanha favorável ao candidato Fernando Haddad no Centro. O panfleto possuía uma suástica, símbolo nazista, que fazia referência às ideias defendidas pelo “outro candidato”, o adversário Jair Bolsonaro.
O petista foi levado até a Delegacia de Polícia de Itapema, onde um procedimento foi instaurado. As informações são da Polícia Militar da cidade.
Apreensão
Pela manhã, a PM recebeu a informação de que estava sendo distribuído material eleitoral contendo a suástica. A juíza orientou que estes panfletos deveriam ser apreendidos e que quem estivesse de posse deles ou os distribuindo, deveria ser conduzido até a Polícia Civil.
Continua depois da publicidade
A guarnição da cidade fez rondas em diversos bairros. Por volta das 15h, os agentes flagraram, na Rua do Governo, cinco pessoas distribuindo o material, entre eles o vice-prefeito. O material fazia comparações entre Haddad e Jair Bolsonaro, sendo que o candidato do PSL era representado em uma charge com um símbolo nazista.
Todos foram escoltados em comboio até a delegacia. Segundo a Polícia Militar, durante o deslocamento, Adalto Gomes tentou desviar o caminho, alegando que passaria no cartório eleitoral antes. Mas foi orientado a seguir o destino. A Polícia Civil de Tijucas irá analisar se o político ficará preso.
A reportagem falou com o vice-prefeito Adalto Gomes e ele criticou a ação policial:
— O panfleto é uma crítica para não votarem em nazista e tinha uma caricatura, não era nem uma foto, do Bolsonaro. Ou seja, não tem apologia ao nazismo, é o contrário, é uma crítica! E eu fui preso pela Lei de Segurança Nacional, no dia anterior à eleição, por apologia.