A jornalista Rejane Gambin (Novo) é a candidata a vice-prefeita de Joinville na chapa do empresário Adriano Silva (Novo) nas Eleições 2020. Caso seja escolhida pela maioria dos eleitores neste domingo (29), a dupla vai comandar a maior cidade do Estado a partir de 2021. E o AN conversou com a candidata para explicar como ela se preparou para o cargo e como pretende atuar caso seja eleita.

Continua depois da publicidade

> Em site especial, saiba tudo sobre as eleições 2020

> Quer receber notícias de Joinville e Norte de SC por WhatsApp? Clique aqui

Rejane Gambin tem 53 anos, é natural de Guarani das Missões (RS) e mora desde 1998 em Joinville, apesar de já visitar os pais na cidade desde a década de 1990. Ela é casada há 10 anos, tem um filho de 33 anos e um neto de oito meses.

Formada em jornalismo pela Faculdade Ielusc, de Joinville, conta com 25 anos de experiência em empresas de comunicação. Também já atuou como professora de jornalismo na Universidade Estácio de Sá, do Rio de Janeiro, e da Faculdade Ielusc. Ainda é voluntária no Hospital Infantil de Joinville desde 2014.

Continua depois da publicidade

É a primeira participação da jornalista em uma eleição. Caso seja eleita vice-prefeita, Rejane garante que não assumirá nenhuma secretaria e atuará como braço direito do prefeito. Segundo ela, o que mais sabe fazer é conectar pessoas e traduzir problemas.

> Como foi o resultado de Darci e Adriano por região da cidade

– Vou ajudar na transição de governo, mas a partir disso meu papel será de articuladora entre o servidor público e o Adriano. Depois que resolvermos dentro da prefeitura, começo a fazer isso dentro e fora, nos bairros e nas associações de moradores – explica.

Apesar das atenções estarem mais voltadas aos nomes que concorrem a prefeito durante a eleição, o vice-prefeito é a segunda pessoa na hierarquia do Executivo e a responsável por assumir as funções quando o prefeito precisar se ausentar do cargo. É quem irá auxiliar na administração e na discussão de melhorias para a cidade.

> Pesquisa em Joinville: novo prefeito deverá priorizar saúde e manutenção de ruas

Confira a entrevista com Rejane Gambin:

A Notícia – Por que decidiu entrar na política e ser candidata a vice-prefeita?

Continua depois da publicidade

Rejane Gambin – Nunca tive envolvimento com a política e nunca tive vontade porque, como jornalista, vi muita falcatrua, gente prometendo e não cumprindo. Um dia o Adriano Silva me convidou para um café e me disse que tinha tomado a decisão de aceitar a proposta do partido Novo para ser candidato. Disse que queria uma mulher ao seu lado e que me queria como candidata a vice porque sempre tive um olhar atento para as pessoas. Levei um susto e falei que tinha que pensar, falar com a minha família por ser uma decisão que envolve muita coisa. Acho que quando entramos para o jornalismo – e nosso juramento já fala muito por nós – queremos mudar o mundo, ser a voz das pessoas, defender os injustiçados, fazer a nossa parte. Quando o Adriano fez o convite, ele tocou nisso. Talvez meu papel seja maior ainda e que eu precise me entregar para fazer mais, representar as mulheres dessa cidade e fazer a minha parte nessa história que acho que não está indo bem.

> Como foram as eleições de Joinville decididas no segundo turno

AN – Você já tinha proximidade com o candidato Adriano Silva ou essa relação surgiu por causa das eleições?

Rejane – Eu conheci o Adriano em algum evento. A gente se encontrava no yakissoba dos bombeiros mirins, fizemos alguns eventos como o Natal (de uma TV da cidade), em que ele ajudava a pedir doações para crianças, e em outros eventos sociais. Sempre tive admiração por ele e essa visão de uma pessoa honesta. Também já tinha simpatia pelo partido Novo e suas diretrizes. Olhei para o Adriano, uma pessoa do bem e que conheço a história, e disse: “com você eu topo esse desafio porque está na hora de mudar, ao invés de ficar só reclamando”.

Rejane Gambin e Adriano Silva
Rejane Gambin e Adriano Silva (Foto: Divulgação)

AN – Como se preparou para ser vice-prefeita?

Continua depois da publicidade

Rejane – Obviamente, já conhecia bastante a realidade de Joinville por conta do meu trabalho e da minha profissão. Desde que disse “sim” para o convite, comecei a estudar mais a fundo os problemas da cidade para ter um raio-x de verdade. Desde agosto fui participando de todas as reuniões com voluntários e com o Adriano, acompanhando todos os levantamentos. Quando montamos o plano de governo, eu estava junto com todos. Quando concluímos o plano, começamos outra série de reuniões com pessoas qualificadas para entender o que poderia ser aprimorado, o que sairia realmente, porque nós não vamos prometer o que não podemos cumprir. Então, tudo isso tem o dedo do Adriano e o meu.

> Darci de Matos lidera na zona Sul e Adriano Silva tem vantagem na região central de Joinville; veja no mapa do primeiro turno

AN – Como será sua participação na gestão, caso seja eleita vice-prefeita?

Rejane – Não vou ocupar nenhuma secretaria porque fui convidada para ser vice-prefeita. Serei o braço direito do Adriano porque sonhamos, planejamos tudo isso e estamos fazendo essa caminhada juntos. O que mais sei fazer é conectar pessoas, traduzir problemas, detectar falhas. Não é novidade que temos muitos problemas hoje na prefeitura, o servidor está muito desmotivado, se sentindo acuado. Vou ajudar o Adriano na transição e, a partir daí, meu papel será de interlocutora entre o servidor e o Adriano. Entender quem tem experiência, está lotada em uma secretara e não tem as ideias ouvidas. Sabemos que teremos um grande papel como líderes, então todo meu trabalho será nesse sentido. Depois que conseguirmos resolver dentro da prefeitura, começo a fazer isso dentro e fora, nos bairros, nas associações de moradores. Como somos uma dupla formada lá atrás, tenho voz de decisão. Ele (Adriano) me dá essa voz, sei o que pensa, o que pode e não pode, o que temos de recurso, o que a lei permite. Se for uma decisão muito complexa, vou chegar no gabinete e discutir com ele, mas as pessoas vão ter o principal, que é uma resposta.

AN – Na sua visão, quais os maiores problemas de Joinville e que terão de ser enfrentados ao longo dos próximos quatro anos?

Continua depois da publicidade

Rejane – O problema mais importante – e que temos que atacar já – é a burocracia. Temos que destravar a cidade, já viramos tristeza para empresários que iam criar muitos empregos aqui e desistiram, por exemplo. A gente precisa desburocratizar, sentar com os agentes envolvidos e resolver. Até porque estamos no meio de uma pandemia, muita gente perdeu o emprego, então vamos ter que gerar empregos para muita gente. Depois temos que olhar para outras causas da cidade como um todo. Se conseguirmos dar uma cara melhor e mais bem cuidada para a cidade, se as pessoas entenderem que têm pessoas competentes trabalhando por processo seletivo e não indicados, já vamos avançar muito. Depois vamos resolvendo tudo que vier pela frente.

> Conheça o perfil dos 19 vereadores eleitos em Joinville

AN – Você teve participação na construção da proposta de governo? Houve alguma proposta sua incorporada no plano e que seja uma bandeira pessoal?

Rejane – O plano foi construído em conjunto, mas a questão do cuidado com a cidade teve sempre um pedido muito meu. Visitei todas as entidades sociais da cidade que me permitiram entrar por causa da pandemia para entender as necessidades, os convênios, como podemos fazer para ajudar sem sobrecarregar o caixa da prefeitura. Também no setor cultural para entender o que podemos fazer para resgatar a cultura na cidade. E, obviamente, meu olhar maior foi para as pessoas, uma preocupação grande de ter um governo aberto, criar formas de se comunicar.

AN – Por que sua chapa deve ser a escolhida para governar Joinville pelos próximos quatro anos?

Continua depois da publicidade

Rejane – Acredito que o modelo que já temos, com os políticos que já temos e vêm trabalhando até agora, trouxeram Joinville para o que temos agora. Isso me entristece porque sei que Joinville pode ser melhor. Ela tem o povo mais trabalhador que já vi na vida, então merecemos uma cidade melhor, que pense em pessoas, em lazer. Que tenha praças, parques, cultura, educação e saúde. E que tenha um governo aberto com disposição de trabalhar para as pessoas. Joinville tem uma nova chance de um recomeço pelas mãos do Novo, que é um partido sério, e por duas pessoas que não são políticas, mas estão cheias de vontade de se doar, fazer todo e qualquer sacrifício para fazer uma mudança, que inclusive já começou a acontecer. Para nós é um sonho de realmente cuidar da nossa cidade.

> Segundo turno: o que pode e o que não pode no dia da votação