Mesmo em viagens de férias, há quem não abra mão de levar o computador na bagagem. E tem a câmera fotográfica, para registrar o passeio, o MP3 player, para ouvir música, e o celular, porque tem pessoas que fazem questão de serem localizadas até na beira-mar.
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Só que carregar eletrônicos exige cuidados extras, como recorrer a capas de proteção, que, além de evitar arranhões externos, podem impedir que batidas danifiquem as peças internas dos aparelhos. Para laptops, por exemplo, há até modelos com esponja que ajudam a amortecer o impacto de uma queda.
Confira o gráfico:

A publicitária Nathalia Grün, 24 anos, é uma que não abre mão de certas precauções. O laptop viajará junto para as festas de fim de ano em Florianópolis, mas irá resguardado na capa esponjada e em uma mochila própria para esse tipo de transporte, com divisórias especiais.
– Vou levar o computador comigo dentro do ônibus – informa Nathalia.
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Para quem viaja de ônibus ou de avião, essa é uma regra básica: esses itens devem ser transportados com a pessoa, nada de despachá-los no bagageiro. No carro, outro cuidado: não deixe celulares e câmeras no painel frontal, sob forte sol. Dependendo do material de que são feitos, como plástico, eles podem se deformar. As baterias podem vazar, e o excesso de calor, apagar informações do cartão de memória.
Já o raio X do aeroporto e os detectores de metais não danificam eletrônicos nem produzem interferências, garante a Infraero, a empresa que administra os grandes aeroportos brasileiros.
Outra preocupação de Nathalia é com o celular. Como seu aparelho é pré-pago, tomará uma providência:
– Ano passado, acabou o cartão, e foi difícil achar um lugar para comprar outro. Este ano, vou colocar bastante crédito para que não falte.
Quando a pessoa está fora da área de seu DDD, paga roaming. Por isso, deve-se ficar atento para não levar um susto com a conta. E se a viagem for para o Exterior, é preciso certificar-se com a operadora se o aparelho está habilitado para outro país.
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Outro procedimento extra para viagens internacionais é passar na Receita Federal para declarar a saída temporária dos bens eletrônicos. Assim, na volta, evita-se uma possível tributação desses produtos como se tivessem sido importados (veja na página 3).
Agora, de nada adianta todos esses cuidados e deixar seu equipamento abandonado por aí. Para se ter uma ideia, até laptops são esquecidos com frequência em locais como o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. Segundo a Infraero, em novembro passado, entre celulares, pen drives, câmera e computador portátil, 17 itens foram encontrados sem dono no terminal.
Um cuidado extra
Em viagens para o Exterior com equipamentos eletrônicos, é bom registrar antes esses produtos na Receita Federal. Isso deve ser feito no aeroporto de saída do país, com o preenchimento da Declaração de Saída Temporária de Bens (DST).
A DST não é obrigatória, mas pode evitar que se tenha de pagar impostos sobre esses itens ao retornar ao Brasil. O formulário de duas vias (uma fica com o viajante, a outra, com a Receita) deve ser baixado em http://tinyurl.com/aerodeclara e levado ao posto da Receita para o fiscal checar o equipamento e autenticar o documento.
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Na DST são informados dados como fabricante, modelo e número de série do produto. Não é preciso levar a nota fiscal de compra.
Se o eletrônico tiver a informação de que foi fabricado no Brasil, a declaração não é necessária. Não é preciso para celulares, mas é recomendável declarar videogames, laptops, filmadoras, câmeras e iPods, mesmo que tenham sinais de uso.