Mato, lixo, insegurança. Estas são as primeiras coisas que se vê ao passar pela Via Expressa Sul, uma das principais vias de Florianópolis, que dá acesso ao aeroporto e praias como Campeche.

Continua depois da publicidade

Os ranchos de pescadores do local se perderam atrás de tanta coisa e o caminho até eles é um labirinto em meio ao matagal. O espaço que deveria servir como área de lazer praticamente não dá pra transitar. Ou melhor, até dá, mas com muito cuidado e, preferencialmente, à luz do dia.

– Eu caminho diariamente aqui, mas somente no horário das 14h, porque é bem perigoso – disse a estudante Andressa Maia da Silva.

São cacos de vidro espalhados pelo chão, muitas pontas de cigarro e até preservativos, fora a quantidade de lixo como garrafas pet, plásticos e papeis . A ciclovia está ocupada pela grama que foi parcialmente cortada – somente uma das laterais- mas cuja sujeira não foi recolhida.

Continua depois da publicidade

Leia mais notícias da Grande Florianópolis

– Aqui tinha uma trilha que dava para um riozinho, antes do trapiche no rancho de pescadores. Agora, não tem nem como passar por causa da sujeira e do mato crescido – disse Alexandre Souza, 27, motorista que frequenta o local e passa diariamente por lá.

E de quem é a responsabilidade?

A área estava sob responsabilidade do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) há dois anos. Porém, de acordo com o presidente da Comcap, Marius Bagnati, o Deinfra não tinha mais contrato com a empresa para fazer o serviço, por isso, a Prefeitura de Florianópolis solicitou que a Comcap assumisse o trabalho, que já começou na semana passada pelos canteiros centrais e, até semana que vem, estará concluindo a limpeza das marginais.

Marius explicou ainda que desde 2013 vem tentando um convênio com o Governo do Estado para que a Comcap assuma a limpeza e manutenção das SCs. Este ano a proposta foi reapresentada.

Continua depois da publicidade

– Por causa dos barrancos, a limpeza dessas áreas é mais complicada e exige um equipamento específico, como uma varredora mecânica, por exemplo, para retirar o lixo destas áreas mais difíceis, que a nossa empresa ainda não tem. A nossa proposta era para que o Governo comprasse os equipamentos e nós fizéssemos o trabalho – finalizou.