Centenas de militantes da Via Campesina participam da Jornada das Mulheres Camponesas contra o Agronegócio, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
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Durante o protesto, pelo menos metade das manifestantes invadiu o andar térreo do Ministério. Houve tumulto, o vidro da porta de entrada ficou trincado e um segurança se machucou. Munidas de faixas e cartazes, outras manifestantes estão em frente ao prédio do Ministério da Agricultura.
Segundo a porta-voz do movimento Itelvina Masioli, o grupo não pretende se encontrar com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes:
– Viemos apenas denunciar o modelo de sustentação do agronegócio, que tem como base as empresas multinacionais – afirmou.
Segundo ela, as manifestantes devem deixar o prédio depois do almoço. De acordo com Itelvina, o Ministério da Agricultura dá prioridade ao agronegócio em detrimento da agricultura familiar.
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A Jornada das Mulheres Camponesas também ocorre no Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná e Espírito Santo.
“É a hora de mudarmos o modelo agrícola, fazendo a reforma agrária”, diz o manifesto divulgado pela Via Campesina. O movimento também defende um novo modelo econômico, com o fortalecimento do mercado interno e o aumento do salário mínimo.
De acordo com o movimento, apenas em dezembro do ano passado o agronegócio demitiu 134 mil pessoas em todo o país. “O agronegócio foi o segundo setor que mais demitiu com a crise econômica, apesar da alta lucratividade do último período e dos investimentos do governo”, assinala o manifesto divulgado pelo movimento.
O Ministério da Agricultura não se manifestou sobre o protesto.