Rudnei João de Souza é um veterinário, literalmente, de plantão. Dos 50 anos vividos, 35 estão diariamente envolvidos com cavalos. Com 15 anos, Souza começou a participar de rodeios como laçador. Foi assim por 20 anos. No meio do caminho, o josefense decidiu fazer faculdade de veterinária em Lages, e passou então a cuidar somente de equinos. Hoje, presta assessoria técnica para empresas que vendem cavalos por todo o país, que inclusive, fazem parte da Cavalaria da Polícia Militar.
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A paixão por cavalos é hereditária, que passa de pai para filho há três gerações. O sentimento de retribuição de tudo o que ganha foi fator determinante para Souza ser enlaçado pelo animal, que para ele é o melhor bicho de estimação.
Por ser funcional, tanto para trabalho quanto para o lazer, o cavalo tem espaço garantido na vida do homem do carroceiro ou de quem pratica hipismo. No interior de São José, em Alto Forquilhas, Souza cuida de aproximadamente 15 animais. Alguns de sua propriedade, outros do filho de 22 anos, que também participa de rodeios e treina cavalos.
– Tenho uma égua que está com 28 anos e foi uma das que mais ganhou provas de rédeas no Estado. Hoje, o cavalo é meu trabalho e meu lazer. Não consigo ficar nem um dia sem vê-los.
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Além de participar da seleção dos animais por todo o Brasil, Souza presta atendimento clínico ao CTG dos Praianos, em São José. Lá, o trabalho é praticamente diário. Ele explica ainda que o cavalo tem potencial grande no mercado. Cita que nos Estados Unidos, a segunda maior economia é de equinos, que perde somente para a indústria automobilística.
O preço varia bastante. Um cavalo pode custar para um carroceiro até R$ 1 mil, sendo que para um atleta de saltos pode chegar a R$ 100 mil. Tem ainda os produtores, chamado de garanhões, que chegam a preços altíssimos como R$ 6 milhões. É o caso de um cavalo da raça crioulo, que recebe por égua R$ 50 mil repassar seu DNA.
Eles impõem respeito
Com a vasta experiência em exames clínicos em mais de duas décadas, Souza trabalhou com a PM de São José como veterinário por seis anos. Ele relata que a cavalaria da polícia é muito importante, pois os cavalos impõem respeito em eventos de grande massa. A altura exigida dos animais é de pelo menos um metro e cinquenta centímetros, com idade máxima de oito anos.
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– O cavalo é funcional até os 20 anos, tanto para o trabalho quanto para o esporte. Eles gostam de rotina e de alimentação na hora certa. Esse é o segredo.
Souza conta com uma equipe de mais dois veterinários, que além de prestarem assessoria técnica de compras, fazem cirurgias, tratamentos odontológicos ou reprodução.
Do luxo a atividades pesadas, o veterinário faz questão de frisar que o cavalo tem grande potencial de mercado. No mínimo, para se ter o animal, o dono precisará de ração, de medicamento, de vacinas, de um ferreiro, um veterinário, um tratador _ que limpa e alimenta, e de um instrutor, para quem almeja ter um cavalo atleta.
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