Veterinária de SC leva medicamentos para animais resgatados em Brumadinho

Veterinária de Florianópolis, Kátia Chubaci viaja a Minas Gerais para levar medicamentos aos animais domésticos e silvestres resgatados na lama de rejeitos da barragem que rompeu no Córrego do Feijão, em Brumadinho, na última sexta-feira (25). Ela conseguiu doações de distribuidoras de remédios veterinários da região e a companhia aérea não lhe cobrou o despacho dos 300 kg de medicamentos.

Segundo Katia, muitos profissionais da área já estão no local. A Vale, empresa responsável pela barragem, está com cerca de 20 médicos veterinários trabalhando no local. A médica veterinária Amélia de Oliveira está coordenando ações com voluntários em Belo Horizonte e em Brumadinho.

Clínicas da Capital mineira receberão os animais de pequeno porte vítimas do desastre. Um hospital de campanha e uma fazenda de refúgio para os animais estão sendo providenciados.

Na manhã desta segunda-feira (28), voluntários resgataram um cão que estava preso no mar de rejeitos de minério de ferro

A catarinense foi chamada por Amélia para levar os medicamentos que reuniu e, se preciso, ficará na cidade para auxiliar nos trabalhos de resgate e tratamento. Ela embarca para Brumadinho na quarta-feira (30) com a ONG Brigada Animal.

— O contato com o pessoal de lá está difícil, ainda não soube quantos animais são. Então estou levando os medicamentos básicos, anestésicos. Se não forem necessários, serão doados para clínicas voluntárias.

Bombeiros voluntários de SC esperam ordem do posto de comando

Uma equipe de bombeiros voluntários de Santa Catarina está desde domingo (27) em Brumadinho. Os 28 agentes foram equipados com duas caminhonetes e uma ambulância 4×4, três veículos operacionais, um quadriciclo e uma carreta de resgate.

A força-tarefa dos voluntários tem autonomia de atuar em Brumadinho durante dez dias sem necessitar de apoio local. O grupo saiu de SC com estrutura de acampamento, comida e água.

Durante os primeiros dias de resgate, algumas equipes que chegaram de outros Estados foram dispensadas pela coordenação mineira. O subcoordenador dos voluntários catarinenses, Amarildo Molinari, explicou que a dispensa de apoio se deu porque as equipes precisam ter condições de permanecer sem necessitar da estrutura e da logística local.

Nesta segunda, as operações por terra eram muito limitadas, apenas com trabalho através de aeronaves, em virtude do risco de novos rompimentos. Na terça-feira (29), os coordenadores da força-tarefa catarinense devem se deslocar ao posto de comando das operações em Brumadinho, gerenciado pelos Bombeiros Militares de Minas Gerais, para reiterar que estão à disposição.

Bombeiros militares de SC estão de prontidão

O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) informou que possui duas equipes de prontidão para se deslocar a Minas Gerais em apoio às operações em Brumadinho. As forças-tarefas contam com 25 homens e mulheres capacitados para intervir em áreas deslizadas e realizar buscas e resgates, sendo sete bombeiros habilitados a acompanhar cães treinados para salvamentos, drones de busca com pilotos habilitados, seis caminhonetes 4×4 e dois caminhões especializados. Os grupos estão reunidos em Blumenau sob a coordenação do tenente-coronel Walter Parizotto.

A corporação catarinense esclarece em nota que se deslocará até o local do desastre quando for acionada pelo comando dos bombeiros de Minas Gerais, que coordenam os trabalhos de busca de vítimas. Como a área ainda não apresenta condições técnicas para buscas com cães, especialidade na qual os bombeiros catarinenses são referência internacional, a presença das equipes não é essencial neste momento.

— No momento, estão priorizando o trabalho com drones, para georeferenciamento e localização das vítimas. Posteriormente vai ser preciso o trabalho com cães farejadores. E, além disso, esta é uma operação que deve levar mais de 30 dias e vai chegar um momento de revezar os agentes em campo, pelo cansaço físico e também psicológico — disse o secretário da Coordenadoria da Força-Tarefa catarinense, Rubens José Babel Junior. — E aí poderão se acionados mais agentes de nossa equipe.