As investigações do mega-assalto a banco em Criciúma, que aconteceu em novembro de 2020, revelou os nomes de 19 pessoas na cena do crime. Os resultados foram obtidos pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) a partir de impressões digitais e investigações genéticas.

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Durante um ano de investigações, o IGP fez coletas biológicas, exames de disparo de arma de fogo e identificação de adulteração de veículo. Foram feitas ainda análises em equipamentos eletrônicos e documentos.

A perícia identificou 15 pessoas por meio do chamado ‘confronto papiloscópico’, que coleta impressões digitais nas cenas dos crimes, segundo o IGP. 

Os outros quatro envolvidos no crime foram apontados após exames de ‘genética forense’, que compara vestígios e objetos deixados na cena do crime com os dados do Banco Nacional de Perfis Genéticos. No dia do assalto, os peritos também recolheram sangue encontrado no carro abandonado pelos assaltantes em Nova Veneza, na mesma região. 

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No entanto, a Polícia Civil, que indiciou 18 pessoas após o roubo, disse que o total de identificados pelo IGP pode não corresponder ao número de envolvidos no crime.  

— Muitas vezes são identificadas digitais nas cenas do crime de pessoas que não têm relação alguma com a autoria do crime. A 19ª pessoa não é uma das suspeitas pela autoria do assalto — declarou o delegado Anselmo Cruz, responsável pela investigação do caso. 

Um grupo fortemente armado provocou uma onda de assaltos a bancos em Criciúma
Um grupo fortemente armado provocou uma onda de assaltos a bancos em Criciúma (Foto: Fernando Ribeiro/Futura Press/ Estadão Conteúdo)

Em 31 de outubro, 26 suspeitos de assaltos de banco foram mortos em Varginha (MG). Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, há suspeita do envolvimento deles com o caso em Criciúma. Amostras de DNA coletadas no local podem confirmar se os suspeitos estiveram no Sul catarinense. As investigações estão em sigilo. 

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Investigações 

Atualmente, há duas investigações sigilosas já em curso na Justiça catarinense sobre o caso. Uma delas, resultou em denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) contra 16 suspeitos por organização criminosa. 

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A outra fez 12 suspeitos virarem réus (dez deles já citados no primeiro inquérito) pela prática de roubo qualificado com o resultado de lesão corporal grave, dano qualificado e incêndio.

No total, dez estão presos e dois foragidos. No início do mês, seis acusados no primeiro processo criminal receberam liberdade provisória. Aos investigados, houve a imposição de medidas cautelares diversas da prisão.

*Com informações de G1/SC

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