A quinta-feira foi de explicações no Figueirense. O presidente Claudio Vernalha concedeu entrevista coletiva para rebater críticas recebidas nas redes sociais e reforçou que o projeto à frente do clube é a “longo prazo”. O dirigente citou como exemplo a gestão de Paulo Nobre, que ficou no comando do Palmeiras entre 2013 e 2016, sendo o responsável por reerguer a equipe paulista que atualmente está na semifinal da Libertadores da América e na disputa pelo título do Brasileirão.

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– É um projeto de longo prazo, assim como outros. No Flamengo, o Bandeira de Mello está indo para os seis anos gestão. Arrumou a casa, mesmo com a pressão e olha que a torcida lá é muito maior que o Figueira. No Palmeiras a mesma coisa. Teve uma injeção de recursos do Paulo Nobre, depois veio a Crefisa (patrocinadora do clube). Estamos aqui há um ano e três meses – disse Vernalha.

O presidente afirmou que no período que está no Figueirense, R$ 15 milhões foram aportados no clube, valor direcionado justamente para o pagamento das dívidas acumuladas ao longo dos anos.

– Aqui no Figueirense foi feita uma grande injeção de recursos. Coisa que não acontece em outros clubes. Aqui já colocamos mais de R$ 15 milhões. O buraco é grande, sabíamos que o desafio seria grande. Estamos trabalhando nisso. Dívidas de curto prazo, estão acabando. Tendência é ter mais caixa – falou o dirigente.

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A informação de que o empresário João Neto, parceiro do Figueirense na contratação do meia André Santos, teria sido procurado por Vernalha para assumir o clube pelo valor de R$ 10 milhões irritou o dirigente. O presidente do Alvinegro disse que jamais teve essa situação e que o projeto assumido por ele no ano passado será cumprido integralmente.

– O João Neto é um ótimo parceiro, assim como os outros. Jamais oferecemos a gestão para o Figueirense. Ele colocou uma linha de investimento. Algo entre R$ 1,1 e 1,5 milhões de empréstimo ao Figueirense. Não existe nada disso de cessão, vamos continuar firmes e fortes acreditando em tudo que pregamos e agindo com transparência. Caso o Figueira não suba, o projeto continua como foi estruturado. Não acaba nada. Não acreditem nessa história que a gente vai jogar a toalha – destacou o presidente do Figueirense.

Além da situação em campo, onde o time não vence há seis rodadas e vê mais distante a chance de acesso, Vernalha reconheceu que os salários estão em atraso de dois meses. Ele, porém, afirmou que tal cenário não é o responsável pela queda de rendimento do Figueirense na Série B do Brasileiro.

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– Existem quatro ou cinco times que estão na frente do Figueirense e o atraso é bem maior. Estamos quase completando dois meses de salários atrasados. Os atletas que vem por empréstimo quem paga são os clubes de origem. Salário atrasado atrapalha, como qualquer um de nós vai atrapalhar, mas não acredito que o elenco esteja fazendo corpo mole por conta disso. É sempre mais fácil buscar uma única justificativa. É um conjunto de coisas que precisam ser arrumadas para resolver o problema – completou.

O Figueirense é o nono colocado, com 40 pontos. A equipe tem mais oito jogos para disputar, ou seja, se vencer todos os confrontos chegará aos 64 pontos, número tido como necessário para ficar com pelo menos a quarta vaga de acesso à elite de 2019.

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