O rapper americano P. Diddy está preso na unidade de um presídio do Brooklyn conhecida como “o inferno na Terra”. O local já abrigou criminosos famosos como o cantor R. Kelly, condenado por pornografia infantil e extorsão, e a mulher e cúmplice do bilionário Jeffrey Epstein, Ghislaine Maxwell.
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Diddy foi preso na última segunda-feira (16) e está no Centro de Detenção Metropolitano, em Nova York. As acusações que pesam sobre ele incluem crimes graves, como tráfico sexual, associação ilícita e promoção da prostituição, conforme relatório divulgado pela Promotoria da Cidade de Nova York.
Segundo o The Independent, o presídio enfrenta problemas como “falta crônica de funcionários, surtos de violência, infestações de vermes, atrasos no acesso a atendimento médico e uma onda de suicídios e mortes” nos últimos anos. Também há denúncias de insetos nas comidas e mofo nos banheiros.
Entenda as acusações contra o rapper P. Diddy, investigado por tráfico sexual e outros crimes
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O advogado de um detento, que morreu no local em julho devido a ferimentos sofridos em uma briga, chamou o local de “uma prisão federal superlotada, com falta de pessoal e negligenciada que é o inferno na Terra”. Em 2019, um incêndio elétrico deixou alguns prisioneiros sem aquecimento no auge do inverno.
De acordo com o Daily Beast, o MDC abriga hoje 1.600 presos, a maioria deles à espera de julgamento. Os advogados de Combs inicialmente argumentaram que as condições da prisão eram muito “horríveis” para um réu aguardando julgamento. O pedido foi negado pelo juiz.
De acordo com a CNN americana, Diddy está atualmente detido na unidade especial do presídio, onde os que necessitam de proteção adicional são alojados, longe de outros detentos.
Veja fotos de Diddy
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Entenda as acusações
Conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, Sean Combs é um poderoso magnata do setor musical e foi mentor de diversos astros da música, como Usher. Também é um dos responsáveis pela transformação do gênero do hip hop.
Na apresentação do caso, a promotoria levou 14 páginas de acusação contra o rapper, incluindo crimes como participação em um incêndio criminoso, suborno, sequestro e obstrução da Justiça. No entanto, o caso foi levado aos tribunais após as investigações apontarem a participação de Combs na organização de “freak-offs” e depois encobrir qualquer dano aos quartos de hotel ou às pessoas envolvidas.
Quem são os famosos ligados a Diddy, rapper acusado de tráfico sexual
O “freak-offs” eram festas que envolviam “maratonas sexuais” em que mulheres se reuniam com prostitutos para fazer sexo em uma suíte de hotel de luxo que, segundo o governo, era preparada para filmagem e abastecida com óleo de bebê e drogas. Nesta ação, geralmente outro homem observava e, às vezes, gravava os eventos em vídeo.
De acordo com a acusação, essas sessões eram performances sexuais elaboradas e produzidas, que envolviam uso de drogas e sexo coagido. Durante as investigações foram encontrados milhares de frascos de óleos de bebês e lubrificantes, além de fluidos intravenosos que, de acordo com a promotoria, eram usados para reidratar os participantes, já que eles ficavam tão debilitados que precisavam desses fluidos para se recuperar.
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A defesa do rapper afirma que ao menos seis homens apontados como trabalhadores sexuais negaram que o ato não foi consensual ou se possuía alguma vítima bêbada ou drogada durante as festas de Combs. Aos serem questionados se havia o menor indício de que uma mulher não estivesse consentido o ato, eles também negaram, segundo o advogado.
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