Sérgio Gadelha será o head judge do Oceano Santa Catarina Pro. Com 62 anos e experiência em grandes eventos do esporte, o juiz é responsável por comandar a equipe de sete juízes e checar as notas dadas por eles.
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A competição tem previsão para começar neste sábado, mas uma reunião na primeiras horas da manhã irá avaliar as condições das ondas. O evento tem datas reservadas até 25 de outubro e conta com 170 surfistas entre as competições feminina e masculina.
Confira a entrevista com Gadelha:
DC: O que podemos esperar dos atletas nessa competição?
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Gadelha: Acredito que a comissão técnica do surfe, público e juízes esperam nada mais que o melhor nível técnico do surfe. O esporte alcançou patamar muito elevado de manobras e variedades de estilos. Nesse evento eles irão buscar esse alto nível e devem arriscar mais pois precisam garantir esses pontos que são muito importantes para colocá-los na elite do surfe e poder surfar com melhores.
DC: E quem não entende muito de surfe, deve prestar atenção a que movimentos?
Gadelha: Para quem não acompanha o surfe e não conhece bem as manobras, aquela que com certeza chamará mais atenção aqui na Joaquina serão os aéreos. Os tubos, que também são clássicos, são mais raros de ocorrer aqui na Joaca. Mas para renderem boas notas, os aéreos precisam ser bem feitos e completos, depende muito da capacidade do atleta.
DC: Como se constrói uma boa nota?
Gadelha: Hoje uma boa nota precisa ter manobras, mesmo que simples, feitas com qualidades. Importantes também conseguir encaixar uma manobra na outra. Sair com força e logo começar outra. Isso ajuda muito a aumentar a pontuação
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DC: Você também está contente de voltar à Joaquina?
Gadelha: A Joaquina está na minha história. O primeiro mundial que julguei foi aqui. Tenho um carinho muito grande pelo nome e tradição que essa praia representa para o surfe no Brasil. Verdade, que quase todo mundo gosta daqui.