Enquanto aguardam a publicação da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para retomarem as cadeiras da Câmara de Vereadores de Blumenau, Fábio Fiedler e Robinho (ambos do PSD) tiveram uma quarta-feira agitada.

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Entre os telefonemas, acenos e parabenizações que receberam pela extinção da cassação de seus mandatos, os pessedistas foram chamados para uma reunião com o prefeito Napoleão Bernardes (PSDB).

O encontro, que aconteceu no início da tarde no gabinete do chefe do Executivo, foi uma conversa de cortesia para parabenizar os parlamentares pelo retorno ao Legislativo e deu o tom de como a dupla deve atuar:

– Foi uma conversa bastante simples, o prefeito nos parabenizou pela vitória no TSE, colocou o Executivo à nossa disposição para trabalhar pelos projetos a favor da cidade – diz Robinho.

Segundo os próprios parlamentares, o afastamento de um ano e dois meses da Câmara não deve alterar o posicionamento da dupla em relação ao Executivo. Diplomático, Fiedler garante que os dois vão atuar seguindo os interesses dos blumenauenses:

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– Tudo aquilo que for importante para a cidade nós vamos apoiar. O que não considerarmos importante, nós não apoiaremos. E isto está claro para o prefeito, nossa atuação era assim e não deve mudar.

Sem mudanças na bancada

A mudança na Câmara deve ocorrer na sessão ordinária da próxima terça-feira. Ontem o presidente Mário Hilde- brandt (PSD) foi informado de que o acórdão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve ser publicado ainda nesta quinta-feira (26).

– Não vamos correr o risco de fazer nada sem o documento, por isso vamos esperar. Se atrasar (a publicação), vamos rever a data – explica o presidente.

Colega de partido dos parlamentares que reingressarão na Casa, Hildebrandt diz já ter conversado com Fiedler e Robinho e que não vê grandes alterações na forma como o PSD atua no Legislativo.

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– Nossa bancada não muda em número, o que vai acontecer é que cada um tem seu modo de cobrança. Isso é muito pessoal – avalia Hildebrandt.

Fiedler e Robinho estavam afastados da Câmara desde o início de 2014, um ano após terem sido condenados por abuso de poder político e econômico para obter vantagem nas eleições de 2012.

A decisão do TSE de terça-feira à noite anulou a cassação dos mandatos por entender que os acusados não tiveram pleno direito de defesa durante o procedimento judicial, devolvendo o caso à primeira instância.