O corte de gastos dos três primeiros meses promovido pelo prefeito Udo Döhler (PMDB) e a diminuição dos serviços prestados nas secretarias regionais – agora começando a ser substituídas pelas subprefeituras – tiveram reflexo nas cobranças da Câmara de
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Vereadores de Joinville.
Considerando apenas os primeiro cem dias de governo, período que fechou-se no dia 10, os parlamentares apresentaram 5.474 indicações de ações que o governo peemedebista deveria realizar. A quantidade é o dobro do que foi apresentado pelos vereadores no mesmo período de 2009.
A maioria pede ações simples, como a troca de tubulação de uma rua, o patrolamento de outra ou a limpeza de valas e rios. Mas também há pedidos de contratação de novos médicos para hospitais, construção de creches e postos de saúde. Mesmo pouco efetiva, segundo Patrício Destro (PSD), vereador que mais apresentou indicações no período – 1.443 – a cobrança é uma das principais tarefas que podem ser feitas no cargo.
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– A cidade parou. Não podemos fazer obras, mas somos essa ponte de cobrança por ações da Prefeitura. A comunidade vem até nós para cobrar – afirma.
Patrício diz manter quatro pessoas, divididas em dois turnos, apenas para checar locais de indicações.
O número de pedidos de informação ao governo também aumentou nos 100 primeiros dias de governo Udo. Foram 154 solicitações até o dia 10 de abril, contra 106 do mesmo período de 2009.
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Até agora, o vereador que mais questionou o prefeito foi Maycon César (PR), com 41 requerimentos. A maioria deles, explica, é para tirar dúvidas, por ser parlamentar de primeiro mandato.
– São esclarecimentos que quero ter. É parte da fiscalização, que é o meu trabalho -fala.
Quem não anda contente com a quantidade de pedidos é o prefeito. Ele reclama que já houve casos em que secretarias precisaram deslocar até seis funcionários durante uma semana para responder a um único questionamento de um parlamentar.
– Os vereadores podem questionar, mas é necessário limite – comenta.