Os parlamentares com menos tempo de bancada lideram o ranking de pedidos de informação para a prefeitura neste ano. Oito dos 10 legisladores que assumiram uma cadeira na Câmara de Vereadores de Joinville (CVJ) pela primeira vez são responsáveis por quase 80% das 171 solicitações enviadas ao Executivo – apenas o presidente da Casa, Fernando Krelling (PMDB), e o vereador Pelé (PR) não fizeram questionamentos.
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O número neste ano é maior do que no mesmo período do ano passado, quando foram protocolados 155 pedidos. No entanto, ainda é bem abaixo do registrado em 2015, quando houve 388 documentos entregues à prefeitura. Entre os assuntos mais recorrentes, estão questionamentos sobre impostos municipais, serviços públicos, pavimentação e obras, além de dúvidas sobre o destino de recursos arrecadados pelo Executivo.
O vereador com mais pedidos de informação solicitados durante os nove meses analisados pela reportagem foi Wilson Paraíba (PSB). Eleito no ano passado para o primeiro mandato no Legislativo, o pessebista protocolou 51 solicitações. Em seguida, aparecem Natanael Jordão (PSDB), Rodrigo Coelho (PSB) e Tânia Larson (SD), cada um com 16 pedidos.

QUATRO PARLAMENTARES NÃO FIZERAM SOLICITAÇÕES
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Paraíba justifica a forte atuação por ser novo no Legislativo. Segundo ele, o objetivo é se manter informado para responder à população com qualidade. Os questionamentos são sobre toda a cidade, mas principalmente relacionados ao bairro Jardim Iririú e à zona Leste de Joinville, onde está a base eleitoral do vereador.
– As respostas são usadas para a gente dar uma ideia ou entrar com um projeto. Vamos manter o ritmo e continuar pedindo informações porque estudamos e conversamos com a comunidade para ajudar a cidade – explica.
Entre os vereadores com mais legislaturas, Odir Nunes (PSDB) é o com mais pedidos de informação (11). Dos 19 parlamentares, apenas quatro não protocolaram dúvidas à prefeitura: o líder do governo Cláudio Aragão (PMDB), o presidente da Câmara, Fernando Krelling, o ex-presidente Rodrigo Fachini (PMDB) e Pelé. Outros cinco pedidos foram apresentados e depois retirados pelos autores.
ALGUMAS SOLICITAÇÕES*
Wilson Paraíba questionou a prefeitura sobre os valores arrecadados com a cobrança da Cosip desde 2013 e qual a previsão de arrecadação para 2017. Ele também quis saber quantas lâmpadas queimadas foram substituídas por ano, qual a expectativa de ampliação da rede e de instalação de lâmpadas de LED no sistema.
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Natanael Jordão pediu informações sobre o sistema de distribuição de senhas e agendamentos nas unidades básicas de saúde. Ele perguntou quais os critérios para a distribuição, os motivos dos cidadãos precisarem madrugar nas filas à espera de atendimento e se existem perspectivas de mudança nesse sistema.
Rodrigo Coelho perguntou ao Executivo sobre o s investimentos relacionados ao PAC da Mobilidade. Ele quis saber se era verdade a informação de que a prefeitura teria usado apenas 1,1% dos R$ 100 milhões disponíveis do programa federal. Ainda questionou qual o motivo do baixo uso e quais as vias/localidades que ainda receberão melhorias.
Tânia Larson protocolou solicitação sobre os programas relacionados ao bem-estar animal na cidade. Ela perguntou quantos animais foram castrados e chipados por um programa municipal em 2015. Além disso, quis saber sobre o armazenamento dos dados, a verba destinada ao programa e quantas mulas foram aplicadas em relação aos maus tratos.
Ana Rita Hermes Negrini apresentou pedido de informação solicitando dados sobre maus tratos a animais junto à Secretaria de Meio Ambiente. Ela perguntou também quantas denúncias foram feitas entre 2013 e 2016, quantas se transformaram em notificações e multas, e qual foi a destinação dessa verba.
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Richard Harrison questionou a prefeitura sobre a planilha que embasou o reajuste da tarifa de transporte coletivo em 2017. Também pediu esclarecimento sobre o histórico de aumentos dos últimos 10 anos.
Odir Nunes pediu informações sobre as notificações e autuações aos comércios e indústrias de Joinville. ELe pede os números de quantas empresas estão em locais não permitidos, quantas foram notificadas por questões ambientais, logísticas ou de mobilidade urbana.