A Câmara de Vereadores escolhe quinta à tarde os quatro parlamentares que integrarão a mesa diretora pelos próximos dois anos. Até quarta-feira era impossível apontar o sucessor do petista Vanderlei de Oliveira. Mário Hildebrandt (PSD) e Roberto Tribess (PMDB) – atual vice-presidente – são os favoritos na corrida.
Continua depois da publicidade
Um acordo que apontava Tribess como próximo presidente teria sido assinado por 10 parlamentares no início da legislatura. No entanto, nos bastidores comenta-se sobre a possibilidade do descumprimento do pacto. Mario Hildebrandt surge com o apoio de sua bancada – Marcelo Lanzarin e Antônio Veneza – e também de Célio Dias (PR) e Zeca Bombeiro (SD).
Cinco votos estariam garantidos. Como são necessários oito para a chapa ser vencedora, faltariam três para que o candidato chegasse à maioria absoluta.
– Não vi nenhum acordo e não presenciei reunião que falasse sobre o assunto. Acho que tenho condições de conduzir a Casa e desmistificar a questão do Legislativo na cidade – disse Hildebrandt.
Continua depois da publicidade
Disputa acirrada
Do outro lado, Tribess afirma contar com o apoio dos vereadores de seu bloco parlamentar – PSDB, PMDB, DEM e PPS -, além da bancada do PT e de Ivan Naatz (PDT). Mas o cenário favorável não empolga Tribess:
– Há dois anos o prefeito e os partidos fizeram uma reunião e me colocaram como candidato na próxima gestão. Continuo com o compromisso com esses nove vereadores. Não vou faltar com a minha palavra e espero que eles não faltem com a deles.
O atual presidente da Casa, Vanderlei de Oliveira, explica que o cenário mudou após o PSD integrar-se ao governo Napoleão Bernardes. A possibilidade de Hildebrandt vencer com o apoio do Executivo é um indício da possível aliança para as próximas eleições municipais, quando Napoleão provavelmente concorrerá à reeleição.
Continua depois da publicidade
Questionado sobre o possível apoio do Executivo à candidatura de Hildebrandt, o petista é enfático:
– Se o governo proceder desta maneira, é um equívoco pois fortalecerá adversários como Jean Kuhlmann e João Paulo Kleinübing – criticou.
A VOTAÇÃO
– Logo após o início da sessão ordinária, o presidente da mesa diretora anuncia o início do processo eleitoral e suspende a sessão por 30 minutos. Neste período os vereadores inscrevem as candidaturas, para um cargo ou para a chapa completa.
– Cada parlamentar dá seu voto no microfone. Para vencer o vereador precisa de oito votos – maioria absoluta. Caso não consiga, nova votação é feita. Ganha o candidato ou a chapa que obtiver maioria simples.
Continua depois da publicidade