Se receber o aval do prefeito José Castelo Deschamps (PSDB), Biguaçu terá sete espaços regulamentados como “maravilhas do município”. O projeto de lei aprovado pela Câmara de Vereadores no último dia 12 já foi encaminhado e deve ser sancionado nos próximos dias. De autoria do vereador José Braz Silveira (PSDB), a proposta teve aprovação unânime da casa, e tem como objetivo buscar melhorias para os principais pontos turísticos da cidade.

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O projeto As Sete Maravilhas de Biguaçu inclui, respectivamente, o conjunto arquitetônico da Casa dos Açores e do Museu Etnográfico de São Miguel, o Rio Biguaçu, incluindo as margens e o manguezal, o aqueduto e as cachoeiras do Rio São Miguel, o Casarão Born, a igreja e a imagem de São Miguel Arcanjo, as cachoeiras do Amâncio e as serras de São Miguel e Queimada.

– A lei torna essas áreas de interesse público, permttindo a preservação e que o município capte recursos para investimentos e melhorias. O objetivo é melhorar o espaço de visitação pública e, principalmente, preservar – declara o vereador autor do projeto.

Algumas das construções já são tombadas, como a Igreja de São Miguel, assim como as leis ambientais exigem a preservação de algumas áreas, como a margem do Rio São Miguel. O que se espera com a lei municipal é que, em todas as áreas, sejam preservadas tanto a construção quanto a região do entorno.

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– O museu de São Miguel precisa ser preservado como um todo. Tem uma pessoa que cuida da casa, mas os jardins acabam esquecidos. O local podia ser um portal de recepção ao turista, mas a pessoa tem que se sentir atraída a parar – explica o vereador.

O nome do projeto, segundo o vereador, é uma jogada de marketing, já que remete às Sete Maravilhas do Mundo. De acordo com Braz, a iniciativa foi tão bem aceita que atraiu contatos de vereadores de outros municípios da Grande Florianópolis, que pretendem multiplicar a ideia.

Conheça as maravilhas

Museu Etnográfico Casa dos Açores

Tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1969, o sobrado foi construído na metade do século XIX. O museu é dedicado à pesquisa e à preservação da cultura açoriana em Santa Catarina. Sua biblioteca possui 400 livros e vários documentos históricos doados pelo Governo dos Açores.

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Rio Biguaçu

O Rio Biguaçu nasce no município de Antônio Carlos, na Serra das Congonhas. Sua bacia hidrográfica possui área de 382 quilômetros quadrados e extensão de 30 quilômetros. Na época da colonização, foi uma das principais vias de escoamento da produção catarinense. Hoje, está assoreado.

Cachoeiras de São Miguel

Suas quedas são visíveis na BR-101. Nas proximidades, há vestígios de inscrições rupestres, em especial nas margens do Rio São Miguel.

Casarão Born

O Casarão Born foi construído em 1891 pelo primeiro prefeito de Biguaçu, João Nicolau Born. Já serviu como sede da Câmara de Vereadores e do Fórum. Atualmente, é utilizado como Centro Cultural. O edifício foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Arquitetônico de Santa Catarina em 1996.

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Igreja de São Miguel Arcanjo

Fundada em 1751, a Igreja de São Miguel Arcanjo foi reconstruída em 1798. Em 1845, o prédio recebeu um sino do Imperador Dom Pedro II, em visita ao Estado. Junto com o Aqueduto e a Casa dos Açores, faz parte do Conjunto Luso-Açoriano de São Miguel. Teve tombamento pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1969.

Cachoeiras do Amâncio

A região do Amâncio está parcialmente inserida na Área de Preservação Permanente Caraguatá. Atualmente, é a área mais bem preservada do município de Biguaçu, composta por relevos montanhosos e vegetação típica de Mata Atlântica, repletas de quedas d’água.

Serras de São Miguel e Queimada

Porções elevadas de terreno, as serras de São Miguel e Queimada fazem parte do planalto costeiro. Com formação rochosa e declives acentuados, as serras fazem parte do cenário e do dia a dia da população de Biguaçu.

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