O projeto que deveria acabar com o recesso de julho na Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul foi rejeitado na noite de terça-feira. Na votação, o projeto recebeu quatro votos contrários, cinco favoráveis e duas abstenções. Eram necessários, porém, oito votos a favor para o projeto ser aprovado.
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Votaram a favor os vereadores: João Fiamoncini (PT), Jocimar de Lima (PSDC), José de Ávila (SDD), Pedro Garcia (PMDB) e Eugênio Juraszek (PP). Contra o fim do recesso votaram: Ademar Braz Winter (PSDB), Arlindo Rincos (PP), Jeferson de Oliveira (PSD) e Amarildo Sarti (PV). Já os vereadores Jair Pedri (PSDB) e Natália Petry (PMDB) abstiveram-se.
A proposta, primeira a ser protocolada neste ano, visava interromper o recesso de 15 dias a que os vereadores têm direito em julho. Com isso, o período legislativo seria de 1º de fevereiro a 22 de dezembro, sem interrupções. No ano passado, a Câmara de Jaraguá já havia rejeitado proposta semelhante. Já as Câmaras de Guaramirim, Corupá, Schroeder e Massaranduba aprovaram o fim do recesso em 2013.
Segundo o vereador Ademar Winter, seu voto contrário ao projeto levou em conta o parecer da União dos Vereadores de Santa Catarina (UVESC), que indica o princípio de simetria, isto é, municípios e Estados devem seguir os parâmetros federais. O presidente da Câmara, vereador Arlindo Rincos, afirma ter seguido o mesmo princípio para embasar seu voto.
Já o presidente da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, João Fiamoncini, afirma que votou levando em conta o anseio da população. No ano passado, na votação do mesmo projeto, Fiamoncini votou contra e foi cobrado por seus eleitores.
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_ Meu voto não foi técnico, foi político mesmo, por escutar nossa base de eleitores _ afirma ele.
Fiamoncini afirma ter ficado surpreso com o resultado da votação, já que o projeto tinha assinatura de oito coautores, entre eles vereadores que acabaram votando contra a proposta. O autor da proposta, vereador Pedro Garcia, explica que o projeto foi debatido entre os vereadores no fim do ano passado. Ele alega, ainda, que o fator simetria não aplica-se a esse caso.
_ Na época achei o projeto incompleto e me propus a deixá-lo pronto. Fiz isso e protocolei o documento no começo do ano, junto à outros oito autores. Se fôssemos aumentar o recesso caberia a simetria, mas se é para diminuir creio que não _ afirma ele.