Em alguns locais, elas não existem. Em outros, não funcionam. Não é difícil observar que parte das cancelas nos cruzamentos da linha férrea de Jaraguá do Sul não cumprem a função de alertar os motoristas quando o trem está se aproximando.

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A segurança dos trilhos que corta a cidade, questionada pela Justiça em 2010, desta vez ganhou o plenário da Câmara de Vereadores, com uma indicação aprovada pelos parlamentares, de autoria da vereadora Natália Petry (PMDB).

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No documento, Natália pediu que a Prefeitura faça a implantação e melhoria dos equipamentos em oito passagens de nível do município, a maioria delas no bairro Vila Lalau.

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A parlamentar diz que recebeu reclamações de moradores sobre o risco de acidentes nos cruzamentos e, no começo do mês, visitou alguns locais que não contam com cancelas.

– Soube de casos em que o motorista só ouviu o trem buzinar bem perto do cruzamento. Como a ALL explora a economia da cidade, entendo que ela deveria dividir com a Prefeitura a responsabilidade-, conta.

Natália também sugere uma parceria entre a Prefeitura e a concessionária América Latina Logística (ALL) para executar melhorias.

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Mas segundo o Código de Trânsito Brasileiro e o decreto nº 1.832/1998, do Regulamento dos Transportes Ferroviários, o investimento é de responsabilidade dos municípios. Em Jaraguá, dos 53 cruzamentos da ferrovia, 12 têm cancelas, todas operadas e mantidas pela Prefeitura.

A rua Domingos Sanson, no bairro Vila Lalau, é um dos trechos em que o cruzamento da ferrovia é alertado apenas com placa. O aposentado Afonso José Petri, 61 anos, acredita que a cancela seria uma segurança a mais para o motorista.

– É uma rua de bastante movimento, com mais risco de acidente. Acredito que ajudaria a chamar a atenção para o motorista parar-, avalia.

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O cabeleireiro Renato Benavenuto dos Santos, 40 anos, passa todos os dias pela rua Alberto Santos Dumont, que também não conta com os equipamentos, mas acha que não é preciso colocar cancela.

– Aqui dá para ter uma boa visibilidade do trem porque a rua é curta-, disse.

Na rua Bernardo Dornbusch, perto da empresa da auxiliar administrativa Liane Felippi, 38 anos, um dos braços da cancela está quebrado e o outro nem sempre funciona.

– Mesmo quando abaixa, tem motoristas que passam. Sorte que ainda não deu acidente.

Na rua José Leier, onde trabalha a analista administrativa Franciane Mendes de Aguiar, 31 anos, a sinalização emite o sinal sonoro e luminoso, mas a cancela não funciona.

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– Na Fritz Bartel, onde moro, a cancela também está com defeito-, comenta.

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