A Comissão de Segurança da Câmara de Vereadores de Itajaí fez uma moção de descontentamento repudiando a transferência de presos para o Complexo Penitenciário da Canhanduba. A movimentação será necessária para que os detentos, suspeitos de participação nos atentados do ano passado, prestem depoimento a partir da próxima segunda-feira.
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O presidente da comissão, vereador Carlos Ely (PPS), acredita que não há motivo para o município abraçar essa responsabilidade. Segundo ele, o déficit de policiais na cidade e a inexistência de uma Guarda Municipal evidenciam as carências do município.
– Que se façam as audiências na Capital, onde há contingente judiciário para isso – diz.
O documento foi assinado na quinta-feira e encaminhado ao governo do Estado nesta sexta. Os interrogatórios eram para ser realizados em Blumenau, cidade em que tramita o processo da Operação Salve Geral, da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), porque partiu do presídio da cidade a ordem para início da segunda onda de atentados ao Estado.
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Mas a transferência para o complexo da Canhanduba ocorreu por medida de segurança, pois havia ameaça de novos ataques. A ala em que será montado o tribunal é um prédio novo dentro do complexo e que ainda não foi ocupado.
Ao todo, serão ouvidos 98 pessoas apontadas como membros da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense. Há 57 acusados que se encontram em unidades prisionais de Santa Catarina que serão conduzidos até a unidade prisional de Itajaí para as audiências. Também participarão das audiências 50 réus soltos. As audiências ocorrem de 9 a 18 de setembro.