A Câmara de Curitibanos, na Serra, criou uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar o misterioso esvaziamento da sua conta bancária. O caso veio à tona no dia 23 de dezembro.

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Agora, três investigações correm paralelamente. Além da CPI, uma auditoria contratada pela Câmara e o Ministério Público tentam descobrir o tamanho do rombo e identificar os responsáveis. A CPI foi instaurada durante uma longa e agitada sessão, a primeira de 2012, que começou às 20h de segunda-feira e acabou por volta de 2h10min da madrugada desta terça.

Nas mais de seis horas, bate-boca e desabafos entre os nove vereadores.

– O assunto é polêmico e, sendo ano eleitoral, atira-se para todos os lados. A hora é de trabalhar para desvendar esse mistério – diz o presidente da Câmara, Osni Righes (PDT).

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A CPI terá João Flaris Camargo (PSDB) como presidente, Adelson Urioste (PMDB) como relator e José Setembrino Medeiros (PP) como integrante. O prazo de conclusão dos trabalhos é de 90 dias. Nos próximos dias, será discutida a abertura de um processo de cassação contra um vereador que, segundo o presidente, teria tentado descontar um cheque da Câmara no dia 6 de janeiro, quando já se sabia que não havia saldo.

O cheque foi devolvido, e a atitude dele pode embasar uma acusação de quebra de decoro parlamentar. O nome não foi revelado. Para colocar as contas e os salários em dia, em janeiro a Câmara recebeu R$ 149,5 mil da prefeitura, como adiantamento do orçamento de 2012, que é de R$ 1,7 milhão.