As vereadoras Nina Santin Camello (PP) e Sirley Schappo (Novo), de Jaraguá do Sul, querem que o protocolo “No Callem”, usado na Espanha, no caso Daniel Alves, seja utilizado na cidade do Norte de Santa Catarina. 

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O documento do No Callem foi desenvolvido em 2018 com o objetivo de combater a violência sexual em boates, discotecas, danceterias e outros estabelecimentos deste tipo de setor. Ele estabelece uma série de procedimentos que os funcionários das baladas precisam realizar e como eles devem agir em casos de agressões, abusos e importunações sexuais. 

Nos casos mais graves, por exemplo, os atendentes devem acolher a vítima o mais rápido possível, verificar se ela não corre nenhum tipo de perigo imediato, levá-la a um local seguro e acionar a polícia e alguma unidade de saúde.

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Na ocorrência envolvendo o jogador Dani Alves, o protocolo foi fundamental para o acolhimento da jovem e para a prisão do atleta.

Em Jaraguá do Sul, as vereadoras fizeram uma indicação legislativa direcionada à prefeitura jaraguaense, solicitando a adoção de protocolo semelhante no município.

Ao AN, a vereadora Nina Camello afirmou que o protocolo é fundamental para combater o aumento de casos de violência contra a mulher em Santa Catarina.

— Fizemos uma indicação e estamos cobrando dos órgãos competentes para que isso realmente aconteça — conta. 

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Durante sessão na Câmara, Sirley Schappo lembrou que a principal ação que um protocolo desse tipo concebe é a capacitação dos funcionários para lidar com a violência sexual nos estabelecimentos. 

— Só foi possível porque todos que estavam trabalhando naquele espaço noturno estavam preparados para saber o que fazer no caso de um estupro — pontua. 

Após o encontro na Câmara, Nina conta que o diretor do shopping de Jaraguá do Sul convocou uma reunião para discutir o assunto. Em Santa Catarina, o mesmo protocolo está sendo discutido em Florianópolis.

— Diminuir cada vez mais o número de violência em nosso município — finaliza.

A indicação das vereadoras foi apoiada e aprovada por unanimidade dos vereadores e enviada à prefeitura para análise do prefeito.

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Combate ao assédio em Joinville

Em janeiro, a campanha “Joinville Sem Assédio” abriu inscrições gratuitas para restaurantes, bares, casas noturnas e lanchonetes interessadas em aderir à ideia. O objetivo é oferecer auxílio e proteção a mulheres em situação de risco de assédio.

A ideia é que as mulheres peçam ajuda aos funcionários por meio de um drink específico ou um código disponibilizado apenas nos banheiros femininos dos estabelecimentos, que serão orientados pela polícia sobre como agir em cada situação e ganharão o selo para denúncia.

A iniciativa é do vereador Cassiano Ucker (União Brasil), em parceria com a Polícia Civil e o Sindicato VivaBem, do setor hotéis, restaurantes, bares e similares de Joinville e região.

Os estabelecimentos que desejarem participar da campanha “Joinville Sem Assédio” deverão preencher o formulário online

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