A Vara Criminal de São Miguel do Oeste, no Oeste do Estado, aceitou a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) contra a vereadora de Xaxim Maria de Lourdes Fonini (PSB) e o marido dela, o ex-prefeito do município César Gastão Fonini. Os dois são acusados de serem os mandantes do assassinato do advogado Joacir Montagna, de 54 anos. O crime aconteceu em agosto de 2018.
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A vereadora de Xaxim e o marido foram presos temporariamente como suspeitos do crime no último dia 28 de agosto, praticamente um ano depois da morte do advogado. O mandado de prisão contra o ex-prefeito foi cumprido na Penitenciária de Chapecó, onde ele já cumpria pena por outro crime. Em setembro, as prisões de ambos passaram de temporárias para preventivas.
O advogado Joacir Montagna foi morto à queima-roupa no dia 13 de agosto de 2018, dentro do próprio escritório no Centro na cidade de Guaraciaba, no Extremo-Oeste do Estado.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, o assassinato teve como motivação a atuação profissional da vítima, que representava a parte contrária em um processo que envolvia a vereadora, o marido e outros familiares.
Além de Maria de Lourdes Fonini e César Gastão Fonini, outros cinco envolvidos no crime já foram condenados, entre eles os três apontados como executores do assassinato. Somadas, as penas dos réus ultrapassaram 130 anos de prisão.
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A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos réus até esta publicação.
Denúncia
Conforme a denúncia do MPSC, o contratante do assassinato teria pago R$ 7,5 mil em dinheiro para a execução do crime, além de uma arma de fogo.
Ainda segundo a denúncia, o autor do disparo que matou a vítima entrou no escritório do advogado usando um capacete e anunciou um “assalto” para as funcionárias que ali estavam. Depois, pediu para que elas a levassem até o “doutor”, quando atirou na cabeça do advogado, que morreu no local.