Mais uma vereadora de Santa Catarina foi alvo de ofensas via e-mail. A parlamentar de Brusque, Marlina Oliveira (PT), compartilhou nas redes sociais na terça-feira (7) a mensagem que recebeu. “Macaca fedorenta”, dizia um trecho do texto.
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O e-mail divulgado pede que “Avise a Maria Tereza de São Miguel do Oeste sobre isso”. A mulher citada é a vereadora do PT que foi cassada no sábado (4) após se pronunciar sobre uma suposta saudação nazista gravada no município do Oeste.
“Acionamos os órgãos competentes e tomamos as devidas providências para garantir que os autores dessa violência sejam identificados e não passem impunes!”, escreveu a vereadora.
Ela é a quinta vereadora do Estado a receber ameaças nesta semana. Ana Lúcia Martins (PT), de Joinville, Carla Ayres (PT), de Florianópolis, Giovana Mondardo (PCdoB), de Criciúma e Maria Tereza também foram insultadas e ameaçadas por meio da internet.
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O que se sabe sobre os casos das quatro vereadoras de SC ameaçadas de morte
Todas as parlamentares levaram o caso para a Polícia Civil. Ao g1 SC, a PC informou que ouviu as vítimas e apura a complexidade das ameaças para garantir a segurança.
Além delas, Manoel Dias, presidente do PDT catarinense, o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o ministro da Justiça Flávio Dino e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também são citados nos e-mails.
O caso já chegou ao Ministério dos Direitos Humanos?
O caso das vereadoras foi levado ao Ministério dos Direitos Humanos, em Brasília. No domingo, a pasta prestou solidariedade a parlamentar cassada.
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“A violência política e de gênero, os discursos de ódio e as ameaças antidemocráticas são e serão vigorosamente combatidas pelo MDHC, que reitera seu compromisso inabalável com Estado Democrático de Direito neste país”.
As vítimas fizeram boletins de ocorrência sobre os casos?
Ana Lúcia, Carla e Maria informaram nesta terça-feira (7) que já fizeram boletins de ocorrência. Giovana afirmou que irá realizar a comunicação à Polícia Civil nos próximos dias.
As ameaças e ofensas são investigadas por autoridades?
Ao g1 SC, o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, afirmou que as autoridades estão fazendo um levantamento sobre as ameaças. Com as primeiras informações, a previsão é de que caso seja repassado à Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância.
— Já foi conversado com as vítimas. A gente está investigando e verificando a complexidade e o tipo da ameaça, até para garantir de forma preventiva a integridade das vítimas — afirmou.
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Veja vídeo do NSC Total sobre violência contra mulher
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