A ex-vereadora Maria Tereza Capra (PT), que teve o mandato cassado em São Miguel do Oeste no último dia 4 de fevereiro, no Extremo-Oeste de Santa Catarina, entrou com uma ação na Justiça para tentar recuperar o cargo. Ela perdeu a função por decisão da Câmara Municipal em um processo de quebra de decoro parlamentar após se posicionar contra uma suposta saudação nazista no município.

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O advogado de Capra, Sergio Graziano, afirmou que a defesa entrou com a ação na semana passada. Até a noite desta quarta-feira (1º), não havia decisão da Justiça sobre o caso.

— Os fatos que são narrados nas denúncias são absolutamente incapazes de corresponder a uma conduta que seja a ela [Capra] imputada como desonrosa de quebra de decoro — afirmou Graziano.

A suposta saudação nazista foi feita durante um ato antidemocrático em 2 de novembro de 2022, após o segundo turno das eleições presidenciais.

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Na ocasião, os presentes questionavam o resultado das urnas, chegaram a bloquear uma rodovia e fizeram o gesto suspeito de ser uma saudação nazista — uma apuração preliminar do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) descartou, no entanto, que ele tivesse essa intenção.

Ainda à época, Capra compartilhou imagens da ação nas redes sociais e disse que o grupo fazia uma saudação nazista. Após a publicação, ela passou a ser alvo de ameaças e foi cassada no Legislativo.

A Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste é parte contrária no processo em que a ex-parlamentar tenta retomar o mandato. A reportagem entrou em contato com o órgão, mas não obteve retorno até a última atualização deste texto.

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